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Prefeitura promete reagir à paralisação do funcionalismo

Servidores decidiram em assembleia, na frente da Prefeitura, pela paralisação de 1 dia. Protesto contra a proposta da Administração ocorre nesta segunda (11)

A Prefeitura de Araraquara promete reagir e suspender qualquer possibilidade de diálogo com o sindicato dos servidores em caso de paralisação da categoria. A manifestação da Administração Edinho Silva (PT) ocorreu logo após o encerramento de uma assembleia com centenas de trabalhadores na frente do Paço Municipal, na noite de sexta-feira, dia 8. Segundo o SISMAR – Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região, cerca de 2 mil servidores participaram da assembleia.

Na ocasião, os servidores deliberaram pela paralisação de 1 dia, programada para esta segunda-feira, dia 11, em protesto contra a proposta de reajuste de salário oferecida pela gestão municipal. A paralisação deve ocorrer amanhã a partir das 8h.

Pauta de reivindicações

Os trabalhadores da Prefeitura reivindicam aumento real de 14% acima da inflação acumulada; política de reposição de perdas acumuladas (30,72%) entre maio de 2015 e janeiro de 2022; aumento no vale-alimentação para R$ 840; ampliação no prêmio assiduidade para R$ 200; e instituição em lei do abono natalino (13º vale-alimentação), além de outros benefícios.

Proposta da Prefeitura

Os servidores rejeitam a proposta da Prefeitura de reajuste de 5% no dissídio coletivo e aumento de 11,11% no vale-alimentação, que passará para R$ 600. A gestão municipal fala ainda em reajuste de 33,45% do piso salarial do funcionalismo, que passará a R$ 1.453,31; reajuste retroativo de janeiro de 2022 de 33,24% no piso salarial do magistério; política de promoção de classe PCCV e enquadramentos do PCCV com redução de 10% na carga horária (aumento indireto de 10% no salário); a jornada padrão que passará de 40 horas semanais para 36 horas semanais.

Os servidores que aderirem a paralisação desta segunda-feira (11), decidida em assembleia, devem se concentrar na frente da Prefeitura.

“Não há espaço para nenhuma proposta financeira além da apresentada pela Prefeitura de Araraquara. A greve, que é o instrumento utilizado pelo movimento sindical quando não há diálogo, o que não ocorre na nossa realidade já que a Prefeitura nunca se recusou ao diálogo, representará a imediata suspensão de qualquer processo de negociação”, alerta a Prefeitura.

A Administração alega ainda que R$ 3 milhões de reais foram sequestrados pelo Tribunal de Justiça por conta dos débitos com precatórios. E, que somente em 2021, foram R$ 48 milhões de reais em pagamentos com precatórios. “O Município terá que quitar mais R$ 40 milhões. Somente com verbas de sucumbência advocatícias, o valor é por volta de R$ 9 milhões.”

Ainda, em 2021, a Prefeitura ressalta que arcou com R$ 90 milhões, provenientes de recursos próprios, no enfrentamento à pandemia.

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