Um professor dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Design de Moda da Universidade de Araraquara – Uniara está sendo acusado de apologia ao machismo após uma publicação nas redes sociais.
A postagem, feita pelo Twitter, foi feita na noite desta terça-feira (13), mostra o desenho de um cérebro feminino e os temas que mais ocupam “espaço” na mente feminina (veja imagem acima). A imagem foi postada com a frase “Apenas uma questão de lógica”.
Imediatamente, a mensagem foi criticada. Uma ex-aluna advertiu o professor e rebateu com a frase “Apenas uma questão de lógica machista, no caso”. A resposta do docente, de que a mensagem “não tem nada de machismo. É a verdade”, inflamou ainda mais as críticas.
Outra ex-aluna da universidade publicou um texto crítico sobre a postura do professor. “Mas, infelizmente, pessoas com o pensamento deste professor insistem em perpetuar discursos ultrapassados dentro (e fora) do ambiente acadêmico. É urgente que a gente discuta gênero dentro dos cursos de comunicação para que os profissionais cheguem ao mercado com o mínimo de contexto sobre a luta das mulheres neste meio”, declarou em sua página em uma rede social.
Professor pede desculpas e reafirma “brincadeira”
Depois de toda a polêmica criada pela postagem, o docente se desculpou e diz que a frase não condiz com o que ele pensa a respeito. “Meu post, sobre as mulheres, foi uma brincadeira que eu recebi no Whats. Não condiz com que eu penso sobre a questão. Se alguém se sentiu ofendido (a), peço desculpas. Minha intenção, foi mal interpretada (sic). Grande abraços a todos ”, declarou.
Universidade tomará medidas cabíveis
Por meio de um comunicado público, a Universidade de Araraquara afirmou que não compactua com a opinião do docente “em um post no Twitter, o qual faz apologia ao machismo e diminui a capacidade intelectual das mulheres. A opinião do docente não representa a opinião da Universidade, que preza por um ensino plural e igualitário de qualidade, a fim de preparar seus alunos para o mercado profissional”.
“(…) as graduações sempre foram espaços de reflexão sobre a igualdade de gêneros e sobre uma sociedade mais justa e plural. Os cursos não compactuam com esse tipo de opinião.
O caso está sendo analisado internamente e as providencias cabíveis serão tomadas o mais breve possível”, completa a universidade.