InícioNotíciasGeral“Quis apenas ajudar”, diz frentista que levou placa ao local do acidente

“Quis apenas ajudar”, diz frentista que levou placa ao local do acidente

Polícia Civil segue investigando a morte do motociclista de 24 anos; suspeito de atropelar o rapaz está preso
 
A frentista Daiane Carolina da Silva, 31 anos, foi ouvida por volta de 21h00 de sábado, dia 18, na Polícia Civil, em Araraquara. Ela disse que procurou a polícia após receber uma ligação do advogado que defende Marcos Vinícius Romania de Souza, 27 anos, preso em flagrante acusado de atropelar, matar o motociclista Jonei Gouveia da Silva, 24 anos, e fugiu do local. 
 
“Eu estava no velório de um vizinho, em Araraquara, quando uma pessoa ligou no meu celular às 20h22 e se identificou como advogado, sobre o caso da morte do motoqueiro. Ele disse que eu tinha de prestar depoimento e que até mandava me buscar. Mas fui com meu carro mesmo. Fiquei assustada, pois nunca tinha passado por isso”, contou a mulher para nossa reportagem. 
 
Em seu depoimento, a frentista deixou claro que não presenciou o acidente que causou a morte do motoqueiro e, que também, não viu o carro bater na mureta de concreto, usada na divisão da pista, como disse o acusado à polícia.
 
“Cheguei no posto às 5h55 e, quando passei pelo local, o motociclista estava caído e algumas pessoas em volta dele”, disse Daiane. “Logo chegou um homem que estava no ponto de ônibus, da rotatória, com uma placa de carro, falando que tinha achado. Deixou aqui e entrou no ônibus”, contou Wellingthon Camargo Moreira, também frentista e que estava com Daiane.
 
Ela, que já perdeu um irmão em um acidente parecido, logo imaginou que o carro tinha atropelado o motoqueiro e levou a placa onde a vítima estava caída.
 
“Eu lembrei do meu irmão. Ele também morreu atropelado e até agora não apareceu o responsável. Por isso minha intenção foi ajudar a encontrar o motorista”, garante.
 
Em seu depoimento à polícia, Daiane disse que entregou a placa para uma das pessoas que estavam em volta da vítima. E, que esta pessoa, teria se comprometido a informar às autoridades sobre a entrega da placa e como tinha sido localizada.
 
“Não fui para inocentar e nem culpar ninguém. Minha intenção foi ajudar”, ressalta a frentista. O depoimento dela será anexado ao inquérito policial.
 
Segundo o frentista Wellingthon, uma pessoa que trabalha como vigilante no posto teria ouvido primeiramente um estrondo próximo à Recicla Brasil. E, em seguida, o Honda/Civic batendo na mureta de concreto metros à frente.
 
A Polícia Civil segue investigando o caso que resultou na morte de um jovem de 24 anos, estudante de Engenharia Civil.
 
O motorista do carro, morador de Américo Brasiliense, foi preso por homicídio culposo (sem intenção), omissão de socorro, fuga de local de acidente e embriaguez ao volante. Como a pena para esse tipo de crime ultrapassa 4 anos de prisão, não houve fiança.
 

 

Notícias relacionadas

Mais lidas