Há 19 variantes do vírus SARS-CoV-2 circulantes no estado de São Paulo, sendo que a P.1 (amazônica) predomina em 89,9% dos casos, seguida pela B.1.1.7 (Reino Unido), com 4,2%, e pela B.1.1.28 (que deu origem à amazônica), com 3,5%.
Essa é uma das conclusões da primeira edição do boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo Butantan e que reúne laboratórios públicos e privados com o objetivo de identificar as linhagens do novo coronavírus em circulação no estado de São Paulo.
Na Diretoria Regional de Saúde de Araraquara, que agrega 24 municípios, entre eles Matão, Ibitinga e São Carlos, além de Araraquara, o predomínio entre os casos analisados também é da variante P.1, presente em 87,5% das amostras. O Instituto também identificou casos da B.1.1.7 (Reino Unido) em 4,8%; B.1.1.28 em 5,4%; P.2, presente em 1,8% das amostras e da P.1.1., encontrada em pelo menos uma amostra, ou 0,6%.
Os dados são obtidos a partir de sequenciamento genômico de uma parcela dos testes diagnósticos positivos realizados no Butantan e nos demais parceiros da rede: Hemocentro de Ribeirão Preto/FMRP-USP, FZEA-USP/Pirassununga, Centro de Genômica Funcional ESALQ-USP/Piracicaba, Faculdade de Ciências Agrônomas UNESP/Botucatu, FAMERP São José do Rio Preto, Mendelics e Centro Analítico de Genômica e Proteômica.
De janeiro até o fim de maio, foram sequenciados 4.812 (0,58%) genomas completos de 834.114 (39,2%) casos positivos.