O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT) voltou a ser citado em reportagem envolvendo suspeitas sobre a arrecadação de recursos para a campanha eleitoral de 2014, quando o petista atuou como tesoureiro de campanha da ex-presidente Dilma Roussef (PT), candidata à reeleição. A informação foi divulgada pela TV Record, que revelou interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, segundo a reportagem.
Nos áudios, Edinho Silva conversa com Ricardo Saud, executivo da J&F, e negocia recursos. O ex-tesoureiro aponta o nome de Manoel Araújo, fiel aliado de Edinho Silva que atualmente responde pela diretoria da Morada do Sol Eventos, administradora do Centro de Eventos de Araraquara. A conversa entre Saud e Araújo também foram alvo de interceptação.
A Polícia Federal questiona a origem dos recursos e se os valores foram declarados na prestação de contas da campanha. Há a suspeita de que o dinheiro seja oriundo de propina em troca de favores do governo. Edinho Silva nega as denúncias.
Em nota, o prefeito de Araraquara afirma que as notícias divulgadas pela emissora que pautou o fato são antigas. “A própria emissora já as divulgou em 2018, portanto, matéria requentada”, diz a nota.
Edinho afirma que todas as contribuições para a campanha de 2014 foram feitas dentro da legalidade. Os prazos para doações legais se estenderam até o mês de novembro, conforme legislação. “Todas as doações foram declaradas, sendo as contas aprovadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2014, e depois, em 2017, após representação do PSDB”, afirma
Edinho disse também que o Poder Judiciário mandou arquivar denúncias contra a campanha Dilma 2014. “Essas denúncias, requentadas, certamente terão o mesmo desfecho”, concluiu.