A concentração de pessoas em situação de rua é alvo de constantes reclamações em locais como a Praça do Carmo, Pedro de Toledo e a Praça de Santa Cruz, na região central de Araraquara. Além de colchões e outros utensílios, algumas pessoas ocupam esses espaços públicos com a instalação de barracas, especialmente no entorno da igreja do Carmo.
Segundo a secretária da Assistência e Desenvolvimento Social, Jacqueline Pereira, o município desenvolve uma série de ações com vistas a reduzir a problemática. A mais recente iniciativa foi a implantação de uma unidade móvel para ofertar atenção à saúde para esse grupo populacional.
Ainda segundo a secretária, cerca de 120 pessoas estão acolhidas em instituições como o Grupo São Pio, Sacrário de Amor e a Casa de Acolhida, mantido pela Prefeitura de Araraquara. “Essas pessoas estão em fase de reintegração familiar e social, e, nesse momento, não estão nas ruas”, afirmou Jacqueline Pereira. Outras 20 pessoas também foram encaminhadas após abordagem para tratamentos em comunidades terapêuticas.
O uso abusivo de substâncias psicoativas é a situação mais frequente que leva as pessoas ao rompimento de vínculos e à situação de rua. “Araraquara não tem famílias ou crianças nas ruas. Há um contingente de jovens levados pelo uso de substâncias como o álcool e outras drogas”, explicou.
A secretaria estima em cerca de 100 o número de pessoas ainda em situação de rua. “Elas ainda estão em processo de convencimento”, classificou.
O Portal Morada também entrevistou a médica Gisselle Gonzales Maza de Oliveira, que integra a equipe do Consultório de Rua.
Remoção proibida
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão do ministro Alexandre de Moraes que proibiu em liminar que os estados, o Distrito Federal e os municípios façam a remoção e o transporte compulsório de pessoas em situação de rua às zeladorias urbanas e aos abrigos.
A decisão também veda o recolhimento forçado de bens e pertences desse público, bem como o emprego de técnicas de arquitetura hostil, com o objetivo de impedir a permanência dessas pessoas, por exemplo, com a instalação de barras em bancos de praças, pedras pontiagudas e espetos em espaços públicos livres, como em viadutos, pontes e marquises de prédios.
Para receber notificações de notícias como esta, e não perder nossos conteúdos mais relevantes, faça parte da Comunidade no WhatsApp do Portal Morada – Araraquara e Região clicando aqui.
Leia mais notícias sobre Araraquara e Região em www.portalmorada.com.br