Centenas de servidores municipais de Araraquara se reuniram em assembleia em a frente da Prefeitura nesta terça-feira, dia 29, na maior concentração de servidores municipais dos últimos anos. Segundo o SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região), a categoria cobra do governo uma resposta às reivindicações protocoladas há mais de 60 dias.
O reajuste salarial pela inflação do período é a primeira reivindicação dos servidores, cujos salários estão congelados desde 2019. Segundo levantamento do SISMAR, desde então, a receita da Prefeitura cresceu durante o ano de 2021, em valores reais, e o índice da Lei de Responsabilidade Fiscal, que restringe as despesas com pessoal, caiu para 43%, havendo, dessa forma, margem legal para concessão do reajuste.
“Além disso, a categoria cobra uma política de recuperação de outras perdas salariais, decorrentes de anos sem reajuste ou com reajustes abaixo da inflação”, afirma a entidade. Além da reposição da inflação, a categoria também reivindica aumento real de 14%.
Durante a assembleia, os servidores decidiram entrar em estado de greve e realizar um panelaço com passeata pelo centro da cidade no próximo sábado, dia 2 de abril. Uma paralisação pode ocorrer no dia 5 de abril, caso as negociações não sejam iniciadas.
Por meio de nota, a prefeitura de Araraquara informou que considera legítimas as manifestações dos servidores municipais e que “a data-base para negociações sobre o reajuste salarial da categoria, bem como os demais avanços, ocorre no mês de maio e, como sempre, o processo de diálogo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) tem início em abril”. Dessa forma, uma reunião entre a administração e o sindicato deve ocorrer ainda nesta quarta-feira (30), “na qual será aberto o processo de diálogo sobre as reivindicações pactuadas na data-base da categoria”.