Funcionários que prestavam serviços para uma empresa terceirizada, na Prefeitura de Santa Lúcia, tentam receber o salário de dezembro e seguem sem expectativa de acerto trabalhista, já que o contrato da empresa com a Prefeitura foi encerrado no final do ano passado.
A servidora Adriana Maria Frajácomo, que trabalhava como monitora de berçário, denuncia que já tentou várias vezes receber o atrasado, mas não tem um posicionamento definitivo por parte do empregador. “Minhas contas estão todas atrasadas. Ainda estou sem trabalhar e dependo do salário do meu filho para fazer as compras de casa”, reclamou Adriana.
Além dela, há outras funcionárias na mesma situação. A terceirizada tinha cerca de 17 profissionais prestando serviços em vários setores da Administração municipal de Santa Lúcia. “Já procurei a Prefeitura e não consegui nada. Eles tentaram falar na empresa, mas ninguém conseguiu resolver”, disse Adriana.
A mulher conta que, além do salário de dezembro, falta receber aviso prévio e rescisão contratual. “Já procurei um advogado e vou recorrer à Justiça do Trabalho.”
Falta de repasse
Procurada pela nossa reportagem, uma funcionária da empresa Célio Cabral Fadiga Filho – ME, com sede em São João da Boa Vista, reconheceu que falta fazer o acerto trabalhista das funcionárias, mas alegou falta de repasse da Prefeitura para o impasse. E disse ainda que, logo após o município fazer o repasse, será feito o pagamento dos trabalhadores.
Prefeitura confirma débito
Procurado pelo Portal Morada, o prefeito de Santa Lúcia, Luizinho Noli (PR), que assumiu a Administração em 1º de janeiro, confirmou que a empresa tem cerca de R$ 40 mil empenhados para receber da Prefeitura. Mas que está tentando parcelar a dívida com empresa para que os trabalhadores possam receber o dinheiro.
“Eu recebi um representante da empresa aqui na Prefeitura. Ele disse que tinha em torno de R$ 100 mil para receber do município, mas aqui constam apenas cerca de R$ 40 mil empenhados. Ele ficou de voltar e não apareceu. Vamos tentar parcelar esse valor”, disse o prefeito.
O chefe do Executivo ressaltou que, em janeiro, recebeu a Prefeitura de Santa Lúcia com o caixa estrangulado e uma dívida de R$ 6 milhões.