No início da semana a notícia de uma possivel reinfecção, deixou a população alarmada. O fato ocorreu quando um um socorrista do SAMU de Araraquara, testou positivo em dois exames, com a diferença de três meses. Agora um artigo assinado por sete profissionais da USP de Ribeirão Preto pode endossar o que até então era apenas uma suspeita.
A pesquisa foi conduzida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que confirmou que é possível a reincidência de contaminação. Um trecho do artigo diz: “Em conclusão, o presente relato confirma que, ainda que extremamente rara, a reinfecção por SARS-CoV-2 e o adoecimento por Covid-19 em mais de uma ocasião são eventos possíveis. Essa constatação traz implicações clínicas e epidemiológicas que precisam ser analisadas com cuidado pelas autoridades em saúde”,
O assunto e a pesquisa surgiram após uma técnica de enfermagem de 24 anos, que já teria sido infectada em maio, apresentar os sintomas novamente em junho.
Tudo começou quando a mulher foi submetida ao teste em maio, mas o exame foi negativo. Os sintomas persistiram e em um segundo exame o resultado foi positivo. A Enfermeira não precisou ser internada e dois familiares foram infectados. Acontece que no dia 27 de junho, a enfermeira acordou com mal-estar, cefaleia, fadiga, fraqueza, sensação febril e dor de garganta. Ela foi submetida ao teste PCR, que resultou positivo.
Em Araraquara:
O caso de Araraquara é semelhante e também envolve um profissional da saúde. Um técnico em enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), testou positivo em abril e agora, testou positivo novamente.
A possibilidade de reinfecção está sendo investigada pelo Serviço Especial de Saúde (Sesa), e a Secretaria Municipal de Saúde de Araraquara. Segundo o apurado, em abril o rapaz teve apenas sintomas leves, porém agora os sintomas foram intensos e o paciente está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital Estadual de Américo Brasiliense (Heab).
Desde o início da pandemia, a possibilidade de reinfecção por SARS-CoV-2 tem sido aventada e investigada por diferentes pesquisadores em todo o mundo. A pesquisa conduzida em Ribeirão chegou a um resultado semelhante a um único caso relatado em Boston, nos Estados Unidos, que concluíram, com evidências clínicas, que a reinfecção é possível.