InícioEsporteVicente Baroffaldi lança seu 13º livro em uma década

Vicente Baroffaldi lança seu 13º livro em uma década

'Notas do meu Caderno Grená' traz mais detalhes dos 70 anos da Ferroviária

O escritor araraquarense Vicente Henrique Baroffaldi acaba de lançar o livro 'Notas do meu Caderno Grená', uma obra comemorativa pelos 70 anos da Ferroviária. O autor, que lançou seu primeiro livro em 2010, chegou à marca de 13 obras publicadas em uma década. Clique aqui para conhecer a história do escritor.

Torcedor apaixonado pela Locomotiva, o historiador e pesquisador possui a página 'Ferroviária em Campo', que tem o principal objetivo de lembrar e exaltar as façanhas do time, sem descuidar da história atual. Por esse motivo, a página é um sucesso entre os torcedores afeanos no Facebook. 

Sempre contando com a colaboração de Paulo Luís Micali, Baroffaldi apresenta seu 9º livro que traz a Ferroviária como foco principal. Dessa vez, a obra foi impressa totalmente em páginas na cor grená e apresenta novos detalhes da história afeana, com textos curtos e objetivos sobre dados históricos, personagens, jogadores que passaram pelo clube, estatísticas e curiosidades. 

Os outros livros escritos por Baroffaldi foram 'Ferroviária em Campo – Seis Décadas de Futebol da Ferroviária de Araraquara', (2010), 'XV – O Alviceleste do Carmo' (2011), 'São Paulo Internacional' (2012), 'A Deusa Vida/Solidão Cósmica' (2012), 'O Futebol na Terra do Sol' (2013), 'Ferroviária em Campo: Breviário Grená' (2014), 'Ferroviária em Campo: Tricampeã do Acesso' (2015), 'Ferroviária em Campo Contra os Grandes Clubes Paulistas' (2016), 'Ferroviária em Campo: Feitos e Exaltações' (2017), 'Ferroviária no Paulistão – Campanhas, Formações e Artilheiros' (2018), 'Todos os dias com ela' (2018) e 'O Melhor Campeonato Paulista da Ferroviária – O Esquadrão Fantasma' (2019). 

Editado pela Pontes Editores, 'Notas do meu Caderno Grená' pode ser encontrado com o preço de R$ 40 nas duas bancas da Avenida Duque de Caxias, no Centro de Araraquara: Banca Central, esquina com a Rua São Bento; e Banca da Praça Pedro de Toledo. 

Para falar sobre seu novo livro e também sobre o momento atual da Ferroviária, o Portal Morada conversou com o escritor. Confira a entrevista:

ENTREVISTA COM VICENTE BAROFFALDI

PORTAL MORADA – Como surgiu a ideia desse livro? 
VICENTE BAROFFALDI – Preenchemos dois cadernos com anotações decorrentes de pesquisas, levantamentos estatísticos e comentários interessantes de amigos internautas em nosso Facebook. Tínhamos o propósito de homenagear a Ferroviária pelos seus 70 anos de existência. Imaginamos então, um volume com textos em tópicos, sem a preocupação de seguir a cronologia. 

PORTAL MORADA – Como surgiu a ideia de fazer todas as páginas do livro na cor grená?
VICENTE BAROFFALDI – Temos visto vários livros com as páginas em vermelho, verde, azul ou outra cor… e pensamos em contemplar a Locomotiva e seus torcedores com um trabalho em grená. Achamos oportuno incluir esse novo visual quando a Ferroviária completa sete décadas.

PORTAL MORADA – Sabemos que desde que iniciou suas pesquisas relacionadas à  Ferroviária, você anota todas as informações que considera interessantes para registrar a história, porém o título dessa nova obra não se refere somente às suas anotações, mas é também uma homenagem. Poderia explicar isso?
VICENTE BAROFFALDI – Há muito tempo, o jornal O Imparcial mostrava, aos domingos, crônicas sob o título 'Notas do meu caderno', assinadas por Moacyr Ramos. Apreciávamos muito a linguagem simples, fluente e agradável do Sr. Moacyr. Então, há alguns anos, falei a uma de suas filhas, Maria Luiza, minha ex-colega de trabalho no SESA (Serviço Especial de Saúde de Araraquara), da minha vontade de homenagear o seu pai com o título de um livro: seria o mesmo da coluna dele acrescido da palavra 'grená'. Finalmente agora, pudemos concretizar esse sonho, para alegria da ex-colega e nossa também. Ela e sua filha, Raquel, colaboraram com textos que aparecem no final do livro, valorizando-o.

PORTAL MORADA – Sua 'estreia' na literatura foi justamente com um livro sobre os 60 anos de história da Ferroviária e agora você completou dez anos na área com 13 livros publicados e um obra sobre os 70 anos do clube. Como você analisa sua evolução como escritor nesse período?
VICENTE BAROFFALDI – Dos nossos cinco primeiros livros, apenas o primeiro teve a Ferroviária como tema. Do sexto ao décimo terceiro, todos versam sobre a agremiação de Araraquara. São nove obras voltadas para a Locomotiva… e estamos trabalhando na décima. Se houve evolução, foi no sentido de expandir as pesquisas e deixar, aos interessados em conhecer a história afeana, subsídios para consultas. 

PORTAL MORADA – Nesses dez anos, a Ferroviária também passou por uma reviravolta que a tirou de uma instabilidade e a fez sair de uma Série A3 (2010) para um cenário atual onde disputará pela sexta vez a Série A1 do Campeonato Paulista e pela quarta vez a Série D do Brasileiro. Como você analisa essa década dentro da história do clube?
VICENTE BAROFFALDI – Aí sim, vemos uma grande evolução. Na última década a Ferroviária não conheceu nenhum rebaixamento e subiu da A3 para a A1 do Campeonato Paulista, além de voltar a participar de competições de caráter nacional. Para quem esteve, em 2003, na iminência de cerrar as portas…

PORTAL MORADA – Um ponto que certamente entra como um novo divisor de águas da história afeana é a chegada do grupo investidor, que fez um investimento forte em seu primeiro ano, quando não obteve o êxito esperado dentro de campo. Tudo indica que novos esforços nesse sentido serão vistos novamente em 2021. Muitos torcedores, porém, demonstram muita cautela em relação a esse novo modelo de gestão da Ferroviária. Como você analisa essa nova fase do clube?
VICENTE BAROFFALDI – Também vemos com cautela. Afinal de contas, a introdução de investidores em certos clubes resultou em fracasso ou perda para a cidade de origem do clube. No caso específico da Ferroviária, o que vemos até aqui, a partir de 2004, é um histórico evolutivo. Os torcedores sempre querem agilização nas conquistas, mas para um clube interiorano a Ferroviária mostra-se com um projeto em desenvolvimento e com possibilidades de avançar. Claro que há riscos, mas como conviver sem eles? Lembrando que a Ferroviária perdeu a Know How mas teve a compensação com o advento da MS Sports. Ela já soma 17 anos de S.A.

PORTAL MORADA – Com tantos livros sobre a Ferroviária, ainda restam muitas histórias para contar? O torcedor pode esperar mais?
VICENTE BAROFFALDI – A história da Ferroviária é rica e nos possibilita novas incursões. Estamos preparando mais um trabalho em livro, fugindo dos tempos idos e fixando-nos num período mais recente e atual, tentando mostrar que os grenás se inserem na dinâmica do futebol e com boas perspectivas.

PORTAL MORADA – Em 2030, quando for escrever o livro sobre os 80 anos de história da Ferroviária, quais são os capítulos dessa próxima década que você espera colocar na obra?
VICENTE BAROFFALDI – Se chegarmos lá, esperamos poder dizer que a Ferroviária se mantém na divisão principal de São Paulo há 15 anos, melhorou sua posição no cenário nacional e revelou inúmeros atletas, cumprindo assim suas finalidades; e que o futebol feminino seguiu sua belíssima trajetória. 

 

 

 

 

 

 

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