InícioDestaque PrincipalWalter Delgatti é preso pela Polícia Federal em Araraquara

Walter Delgatti é preso pela Polícia Federal em Araraquara

A informação da nova prisão foi confirmada pelo advogado, Ariovaldo Moreira

A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (2), Walter Delgatti Netto, mais conhecido como “Vermelho”, o hacker de Araraquara, responsável pelo vazamento de informações que ficou conhecido como “Vaza Jato”.

A última prisão de Delgatti havia sido no dia 28 de Junho, após descumprimento de medidas judiciais, na cidade de Campinas (SP). Porém, o Hacker, que ficou conhecido pelo vazamento de informações que ficou conhecido como “Vaza Jato”, foi solto dias depois.

A informação da nova prisão foi confirmada pelo advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, que se deslocou até a sede da Polícia Federal de Araraquara, para onde o hacker foi levado. O defensor, no entanto, afirmou que ainda vai apurar os detalhes do novo recolhimento do acusado.

Segundo a Polícia Federal (PF), a Operação 3FA investiga a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro deste ano, e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no estado de São Paulo, além de três mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.

Em nota, a corporação informou que as ações ocorrem no escopo de um inquérito policial instaurado para apurar a invasão ao sistema do CNJ, que tramitou na Justiça Federal, mas teve declínio de competência para o Supremo Tribunal Federal (STF) em razão do surgimento de indícios de possível envolvimento de uma pessoa com prerrogativa de foro.

“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.”

As inserções fraudulentas, segundo a PF, foram feitas com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita e que permitiram aos criminosos ter controle remoto dos sistemas.

“Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica”, concluiu a corporação.

Em seu perfil no Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, postou que os mandados judiciais são relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições.

“Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições”.

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