Os autores do latrocínio, roubo seguido de morte, do taxista Valdir de Paula, estão presos no Nordeste. Na primeira audiência, realizada na semana passada, a acusação quis ouvir os policiais, no papel de testemunhas. Os réus foram representados por um advogado.
“Eu acho que a pena máxima tinha que prevalecer num crime bárbaro, do jeito que foi feito. Tirou a vida de um trabalhador, de um pai de família, um homem honrado, honesto”, diz Sandra Regina de Paula, filha da vítima.
Edson Araújo Silva e Paulo Rogério Silva Carvalho mataram Valdir de Paula, de 67 anos, em fevereiro deste ano. O corpo foi encontrado em um canavial no município de Rincão, três dias após o desaparecimento do idoso.
O taxista estava amordaçado com os pés e mãos amarrados para trás.
Depois de abandonar o taxista no canavial, Edson e Paulo viajaram para o nordeste no carro da vítima. A partir de um trabalho de inteligência da Delegacia de Investigações Gerais de Araraquara, os dois foram presos. Um estava na Bahia e o outro em Pernambuco.
O laudo que deve comprovar que o taxista foi morto antes de ser abandonado no canavial ainda não ficou pronto.
A filha de Valdir, Sandra, contesta: “Como que começam uma audiência sem ter o laudo? Então a pena deles pode cair mais ainda? Então deixa solto pro povo, o povo mata. Se a justiça no Brasil não está funcionando, faz justiça com as próprias mãos.É assim que tem que ser.”
Assista à reportagem completa:
O delegado Elton Hugo Negrini foi quem conduziu as investigações e prendeu os dois no nordeste: “Um estava em Petrolina estava andando com a namorada e gastando o cartão da vítima, fazendo compras. O outro estava na Bahia com o carro e alguns pertences da vítima. Nós conseguimos as prisões e eles ficaram lá na penitenciária de Petrolina.”, relata.
Os dois agiram friamente e ainda a caminho do nordeste se exibiam nas redes sociais com o carro da vítima.
O delegado Elton Negrini afirma que os criminosos “realmente são frios, não se importaram com a vida ceifada do taxista, que estava trabalhando, um senhor de idade, que estava no seu serviço ganhando o pão do dia a dia, e eles estavam lá se divertindo, gastando, com o carro da vítima inclusive. Eles merecem uma boa condenação.”
Se condenados a pena máxima, os assassinos podem pegar de 20 a 30 anos de prisão.