InícioEsporteComissão de Arbitragem faz avaliação positiva do VAR no Paulistão

Comissão de Arbitragem faz avaliação positiva do VAR no Paulistão

Após oito jogos, quatro lances foram revisados pelo novo recurso

Principal novidade do Paulistão 2019, o VAR fez sua estreia no futebol paulista nas quartas de final da competição. Após oito jogos, quatro lances foram revisados, sendo dois na Área de Revisão (ARA), e a outra metade de forma direta, gerando balanço positivo por parte da Federação Paulista de Futebol.

Vice-presidente da FPF, Mauro Silva explanou sobre o planejamento para a implantação do VAR e a aprovação da entidade com o trabalho realizado nas quartas de final. “A nossa conclusão é que o balanço é positivo. É um processo novo, mas tenho convicção que o VAR traz mais integridade e mais justiça para a competição. Ele não vai resolver todos os problemas, mas vai resolver as grandes injustiças e para isso é o VAR”, pontuou.

O presidente da Comissão de Arbitragem, Edmilson Corona, também falou sobre a nova tecnologia e os impactos que ela causa. “Todos os lances que constam no protocolo foram checados e os que tiveram que ser revisados foram. A mecânica da arbitragem ainda merece uma atenção maior, mas já estamos cuidando disso para os jogos das semifinais”, disse.

“O VAR é um assistente do árbitro. O que a sala do VAR precisa saber é se o árbitro viu e o que ele viu e se interpretou como não infração. A imagem da sala vai mostrar se há algo diferente. Se houver algo que ele não relatou, o VAR vai comunicar e poderá oferecer as imagens”, explicou.

Após cada jogo das quartas de final, a empresa Hawk-Eye, responsável pelo VAR na FPF, oferece um relatório sobre o uso da tecnologia. Desta forma, as ações da sala do VAR e a comunicação com o árbitro de campo são analisadas para que posteriormente as decisões sejam tomadas de forma otimizada.

 

Investimento e preparação

O sistema de VAR foi implantado após quase um ano de trabalho. Desde abril de 2018, quando houveram contatos com empresas especializadas, até a data de estreia da tecnologia em 23 de março, a FPF contou com visitas ao IBC durante a Copa do Mundo, trabalhou com o simulador do VAR tendo a participação de árbitros, jornalistas, atletas e dirigentes e ofereceu palestras aos clubes sobre a nova tecnologia.

Por jogo, o investimento da FPF é de 28 mil reais, incluindo até um aluguel de gerador para que não haja nenhum tipo de imprevisto durante as partidas.

A Comissão de Arbitragem, responsável pela escala dos árbitros, fez trabalho intensificado com sete deles para trabalharem como VAR. A preparação incluiu trabalho com uma psicóloga para trabalhar aspectos como tranquilidade, manuseio das imagens e comunicação. “Passamos a vida inteira pedindo para o árbitro decidir. ‘Decida rápido, com convicção’. Agora ele é colocado em uma função que ele não decide. Ele é assistente, ele vai auxiliar o árbitro fornecendo imagens e ângulos", ponderou.

"Tem que ter cuidado. O VAR não pode induzir o árbitro a marcar alguma coisa que o árbitro de campo viu e interpretou da maneira dele”, disse Corona. “Daqui para frente temos que pensar em como formar um árbitro de vídeo. Qual é o perfil? É novo, é mais velho? Isso é um desafio para todos nós”, completou.

“Tem um grande investimento por parte da FPF. A homologação do árbitro requer um investimento alto. Dando exemplo: quando você vai na auto-escola e tira carta, quanto mais você tem contato com o carro, mais desenvoltura você tem. É igual o jogador, quanto mais jogos ele faz, mais se sente confortável. Então, como essa nova tecnologia será usada com mais frequência, no Brasileirão será em todas as rodadas, esses profissionais cada vez estarão mais entrosados e qualificados”, finalizou Mauro Silva.

 

 

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