Não é difícil, desde o advento dos smartphones, pessoas preocupadas com a sua privacidade. Mas até o momento nenhum sistema que se diga seguro garante 100%.
O trabalho da Polícia Federal ao deflagrar a Operação Spoofing e as conversas reveladas pelo Intercept Brasil, trouxeram à tona o termo “hacker”, que é usado nas redes sociais e pela imprensa de forma indevida.
Cracker ou hacker?
Os dois termos destacam pessoas que têm habilidades incomuns e acima da média com computadores.
São dois grupos de pessoas habilidosas e com tempo de sobra para praticar, mas que usam suas habilidades de formas bem diferentes.
Os hackers melhoram softwares, de forma legal e não invadem sistemas com a intenção de causar danos. Empresas do ramo de tecnologia contratam esses profissionais para testar os sistemas de segurança digital.
Seu celular, SmartTV, navegador e anti-vírus recebem atualizações de segurança? Isso é trabalho de um hacker! Eles checam o tempo todo as vulnerabilidades de sistemas, combatem ataques crackers e criam atualizações para evitar novos ataques.
Na contramão dessa prática estão os crackers, onde se encaixam os acusados detidos pela Polícia Federal, que usam seus conhecimentos e tempo na prática de delitos digitais e quebras de sistemas de segurança de forma ilegal e criminosa.
Todos os mandados de prisão temporária da operação Spoofing foram cumpridos. Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques são suspeitos da prática de crime cibernético. Em depoimento, Walter Delgatti Neto assumiu ter invadido o celular do Ministro Sérgio Moro e outras autoridades. A Polícia Federal trabalha com um total de 1.000 vítimas.
A pena para esse crime é pequena, mas acumulativa, o que significa que se comprovada a quantidade de vítimas a pena será multiplicada por esse número.
Nesse caso, Walter Delgatti Neto passa de estelionatário para cracker da mais escandalosa ação criminosa dessa natureza a atingir os poderes políticos do Brasil.