Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.


InícioblogAgora mais essa, o Bolsa Cidadania

Agora mais essa, o Bolsa Cidadania

"[...] não se trata de um projeto de Cidadania, como tenta induzir o “nome popular” do programa, e sim de um programa de transferência de renda direta"

Claro que o título é provocativo, pois busca o diálogo com o máximo de pessoas. Por isso, de antemão, afirmo a posição de que é um programa necessário. Não vou me ater a elaboração de justificativa, esse papel é do Governo Municipal – apesar de ponderar que este quesito, no texto do projeto, é muito frágil – e de seus aliados. Mas é importante destacarmos que não se trata de um projeto de Cidadania, como tenta induzir o “nome popular” do programa, e sim de um programa de transferência de renda direta. Essa confusão deliberada, que torna sinônimos poder de consumo e cidadania, é histórica dentro do Partido dos Trabalhadores e, ao que me parece, não será resolvida tão cedo. Do contrário, Edinho Silva teria que apresentar algumas medidas ligadas realmente à Cidadania como, por exemplo, explicar para a população, destinatárias ou não do Programa, todo o processo de destruição da Indústria Nacional, bem como a contribuição dos governos petistas – que ele foi Ministro de Estado -, responsável pelos milhões de desempregados no Brasil.

Ponto este que nos leva à outra questão, a falta de entendimento político da oposição frente à estratégia do Governo. É óbvio e legítimo que Edinho Silva tome decisões que de alguma maneira revertam em votos a ele, estranho seria o contrário, pois ele é Prefeito, candidato à reeleição e necessita de votos. Assim, Edinho anuncia o Programa na imprensa antes de apresentá-lo oficialmente à Câmara Municipal e ao Município, objetivando gerar todo esse debate e, em consequência, tentando mudar a agenda de discussão da cidade, tirando o foco da maior epidemia de dengue da nossa história e dos problemas do “Pronto-Socorro” do Melhado. O Prefeito Edinho Silva, em seu cálculo político, contava com cada uma dessas reações contrárias ao programa apresentado que, na maioria das vezes, estão carregadas de preconceito, hipocrisia e muita desconexão com a realidade, sendo facilmente rebatidas; e parte da oposição ao governo caiu na jogada do prefeito e vociferaram suas contraposições – formular ações no campo da “confusão ideológica” é, inclusive, artifício diário do Governo Bolsonaro.

Em razão dessa falta de clareza, é importante referendar o caráter de transferência de renda do Programa e reatar o debate, de forma objetiva, impondo ao governo que cumpra com todas as suas obrigações já postas e, agora, faça acontecer, de maneira exemplar, o Bolsa Cidadania. Ou seja, o Bolsa Cidadania vem primeiro para combater a fome e suas terríveis consequências, em seguida, deve dar estabilidade financeira e emocional para que os beneficiários busquem outras soluções, até pelo seu curto prazo – 12 meses. Por isso:

  1. Em defesa do caráter “cidadania” do Programa, devem se integrar à Comissão de Gestão, representantes da sociedade civil, tanto beneficiários quanto dos conselhos de políticas públicas já existentes, por exemplo, o Conselho de Assistência Social;
  2. Que se retire a obrigatoriedade do jovem beneficiário de participar das ações da Assessoria Especial de Juventude, tornando facultativo, pois o recurso destinado deve dar, como já dito, o mínimo de estabilidade para os jovens buscarem outras soluções de trabalho e renda, até mesmo cursos de qualificação profissional além do oferecido pela Prefeitura;
  3. Apresentar, antes à aprovação do Programa na Câmara Municipal, todo o curso de qualificação profissional que será oferecido pela Coordenadoria Executiva do Trabalho e de Economia Criativa e Solidária, permitindo seu debate público, já que há um amplo entendimento do que pode ser oferecido como “ferramenta” aos beneficiários;
  4. Extrair por completo a exigência de participação nas campanhas e prestações de serviços de interesse comunitário para o beneficiário que integra o Tiro de Guerras, pois é de conhecimento de todos que esses jovens já participam desse tipo de atividade voluntária e aumentar a carga de trabalho dessa juventude não é objetivo do Programa;
  5. Reformulação do 16º artigo que trata da avaliação do Programa, incluindo mais expertise técnica. Entendendo o acúmulo de tarefas dos servidores e comissionados municipais, proporia que o Prefeito Municipal convidasse distintos grupos de pesquisas de universidades públicas e privadas de Araraquara para produzirem material de avaliação do programa, reforçando a transparência e, ao mesmo tempo, podendo contribuir, com dados e análises, para o entendimento dessa e de outras questões municipais.

O Prefeito Edinho Silva, na Audiência Pública ocorrida no último dia 09 de maio na Câmara Municipal, explanou a articulação financeira para sustentação do Programa Bolsa Cidadania e é preciso dizer que é sua prerrogativa gestar o Orçamento Público Municipal, sendo democrática a crítica. No entanto, é também seu dever manter o funcionamento de todos os demais programas e compromissos que assumiu durante a campanha e sua gestão. Alguns duvidam que ele possa entregar tudo o que prometeu e já começa a dar sinais disso, por isso, precisamos ter clareza e tranquilidade nos posicionamentos para propormos um ambiente sóbrio de discussão política, impedindo que visões torpes do papel da Prefeitura e de toda a Administração Pública ganhem ressonância, mesmo quando quem tem essa responsabilidade não parece querer contribuir.

Notícias relacionadas
Audiencia_Premiada

Mais lidas