Criada por iniciativa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Comissão Municipal da Verdade sobre a Escravidão Negra foi estabelecida com o intuito de levantar dados sobre o período da escravização em Araraquara e na região.
O presidente da 5ª subseção da OAB de Araraquara, João Milani Veiga, apresentou formalmente a Comissão ao Prefeito Marcelo Barbieri em encontro realizado no Paço Municipal, mostrando a importância de sua criação e como poderão ser caminhadas as demandas em parceria com o município.
A posse formal da Comissão ocorrerá no próximo dia 11 de julho, na Uniara. No mesmo dia e local, será realizado um seminário sobre o tema, já com a presença confirmada de Humberto Adami, presidente da Comissão em âmbito nacional.
De acordo com a secretária da Comissão Municipal da Verdade sobre a Escravidão Negra pela OAB, Rute Corra Lofrano, o objetivo principal é levantar dados sobre o período da escravidão e, através desse resgate histórico, subsidiar as ações das esferas nacional e estadual no município.
“Todo esse material será encaminhado para auxiliar os poderes Executivo e Legislativo a incrementar as políticas públicas de igualdade racial”, acrescentou Rute.
Pioneirismo
O vice-presidente da Comissão Municipal da Verdade sobre a Escravidão Negra, Claudio Claudino, destacou o pioneirismo de Araraquara na formação dos integrantes locais. Em âmbito nacional, a Comissão foi criada pela OAB no último dia 6 de fevereiro.
Também participaram do encontro o gerente do Centro de Referência Afro “Mestre Jorge”, Nelson Vicente Jr, e Rita de Cássia Ferreira e Linconl Guidolin, respectivamente presidente da Comissão da Igualdade Racial e secretário adjunto da OAB Araraquara.
Integração
A Comissão da Verdade Municipal sobre a Escravidão Negra, cujo presidente é Darci Honório, conta com apoio também da Unesp e do Nupe – Nucleo Negro da Unesp para pesquisadores em extensão de Araraquara.
Ainda apóiam: Uniara; Neab – Núcleo de Estudos Afro Brasileiros; Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Ceppir); Centro de Referência Afro Mestre Jorge; Conselho Municipal de Combate à Discriminação e ao Racismo (Comcedir); Fundação Casa; e lideranças do Movimento Negro, entre outros simpatizantes da causa.
As reuniões, abertas ao público em geral, são realizadas na Uniara e o interessado em participar, ou ceder materiais pertinentes ao tema, pode obter mais informações na OAB, cujo telefone é o 3336-0703, ou no Centro de Referência Afro Mestre Jorge, com telefone 3322-8316.