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Araraquara perde Samuel Brasil Bueno

Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Araraquara tinha 75 anos e se submetia a um tratamento de saúde

O presidente do Comcriar (Conselho Municipal dos Direitos da Criança de Araraquara), Samuel Brasil Bueno, morreu na manhã desta terça-feira (9), no Lar São Francisco, em Araraquara. Brasil Bueno tinha 75 anos e se submetia a um tratamento contra um câncer.

Samuel Brasil também teve autuação marcante em Araraquara como empresário do ramo farmacêutico, membro do Rotary Club e presidente do Centro de Promoção Educacional e Social na Comunidade (Ceproesc).

O corpo de Samuel está sendo velado na funerária Fonteri e o sepultamento será às 16h15 no cemitério São Bento. 

Em homenagem à essa figura ímpar da história araraquarense, o jornalista Roberto Schiavon (*) escreveu o texto abaixo, publicado na íntegra pelo Portal Morada.

 

Samuel, seu nome está na eternidade

Samuel Brasil Bueno partiu na manhã dessa terça-feira (09), em Araraquara-SP, aos 75 anos, vítima de uma doença repentina. Eu o conheci ainda criança, com meus nove ou dez anos, quando frequentava a Igreja Presbiteriana com minha família. Daquela época, recordo-me da sua hiperatividade em diversas frentes. Samuel corria pra lá e pra cá, pra fazer tudo funcionar. E me lembro de sua amizade com meu pai, o jornalista Sidney Schiavon.

Anos mais tarde, já em 1999, quando eu também já tinha me tornado jornalista, reencontrei Samuel e passei a conviver com ele na redação do jornal O Imparcial, da mesma forma que ele conviveu com meu pai, que havia morrido um ano antes. Assim como meu pai, tive o prazer de sentar-me ao lado de Samuel na frente do computador para digitar a coluna “Seu Nome Está na Rua”, que ele criou para resgatar a biografia de pessoas homenageadas com seus nomes em ruas, avenidas e praças de Araraquara.

Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança (Comcriar), representante das farmácias na cidade, membro do Rotary Club, Samuel atuou de muitas formas na sociedade araraquarense. Mas certamente será lembrado mesmo como marido inseparável de Terezinha, pai de Samantha e Priscila e amigo verdadeiro de seus muitos amigos. A lembrança que fica de Samuel é a dos detalhes que estão eternizados na memória de cada um daqueles que o conheceram. Uma palavra amiga, uma ajuda na hora certa, um gesto de generosidade. E foram muitos.

Eu vi Samuel pela última vez no dia 10 de março, durante o lançamento do livro “Cadernos de Poesia”, do escritor araraquarense Assis Furtado, no Palacete Esplanada das Rosas “Paulo Silva”. Ele não foi ao evento e não conversamos longamente. Ainda quando os convidados estavam chegando, naquela sexta-feira quente, me aproximei de uma das janelas do palacete na esperança de sentir uma brisa. Avistei Samuel passando lá embaixo, ao lado de Terezinha, sempre ao lado de Terezinha, e gritei: “Samuel Brasil Bueno!”. Seu nome ecoou forte pela praça e senti um pouco de vergonha, pois todos olharam. Mas deu certo: Samuel levantou a cabeça e acenou com um sorriso no rosto, antes de desaparecer entre as árvores da praça.

Pouco depois, veio a doença que o levou dessa vida que tanto amava. A gente gosta de pensar que as pessoas se reencontram após a morte. Se for verdade, imagino o tamanho da festa no céu, com tanta gente que foi homenageada por Samuel em sua coluna querendo abraçá-lo. A fila será grande e certamente meu pai estará lá, impaciente, esperando sua vez de rever o amigo.

O Samuel, que trazia o Brasil no nome e Araraquara no peito, agora tem seu nome na eternidade.

(*) Roberto Schiavon é jornalista

 

Redação

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