Seguir carreira como jogador de futebol é o sonho de muitos meninos e meninas em todo o mundo. Assim é o caso de Fabrício, atacante do Noroeste, que viu a vontade de se tornar atleta profissional surgir por meio de brincadeiras com o seu irmão e seu tio. O que o menino não sabia é que, mesmo passando por dificuldades, ele conseguiria seguir seu sonho, chegando um clube tradicional e sendo o artilheiro do Paulistão A3.
“Desde pequeno sempre acompanhei meu pai indo jogar, então a paixão iniciou cedo. Brincando com meu irmão, meu tio Evandro, começamos a levar um pouco mais a sério. Vendo jogos na televisão, e sentindo a emoção através da tela, surgiu a vontade e o sentimento de querer viver isso. Meus pais sempre me apoiaram a viver o que eu sonhei, então sempre me dediquei para que o sonho se tornasse realidade”, destacou o apoio fundamental da sua família em toda sua trajetória.
Em 2015, Fabrício já havia vestido a camisa do Noroeste, participando da campanha que conquistou o acesso à Série A3. “Tive um início de carreira muito bom, quando sai de empréstimo do Sub-17 da Ferroviária e tive uma experiência no profissional do Noroeste, onde conquistamos o acesso à Série A3. Depois, retornei para o Sub-20 da Ferroviária e, no mesmo ano, fui promovido ao elenco profissional, tendo um aproveitamento muito bom, sendo vendido para o Santos no final do ano. Uma experiência incrível, sentimento único, porque o objetivo de todo jogador, é alcançar grandes clubes do futebol brasileiro, então, essa sensação não tem palavras que a descreva. Depois tive uma breve passagem pelo Cianorte-PR e então o pessoal do Noroeste me fez o convite para integrar o elenco de 2020, logo aceitei, pela grandeza e por conhecer o clube”, sintetizou o jogador.
Fabrício também revelou as dificuldades ao longo de sua história no mundo da bola. “Sempre encontramos momentos bons e ruins. Eu tive um sombrio momento de pensar em parar, porque o futebol é muito além do que vemos na televisão, às vezes encontramos algumas questões que te barram e, independente do que você faça, não vai ser o suficiente para ser valorizado. Então me sentia de mãos atadas, porque o quanto mais fazia força para alcançar, não adiantava! Conversei com minha mãe e ela me ajudou para que conseguisse voltar o meu olhar para o meu interior, me fazendo ver o futebol com o brilho que ele tem, pela alegria e não pelo lado ruim, sombrio que vi e tive o desprazer de conhecer. Foi necessário muita conversa, mas foquei meu pensamento em ser feliz, em ser eu mesmo, e esse pensamento de desistir se desfez, para que pudesse viver tudo isso e viver muito mais que está por vir”, enfatizou o goleador.
Boa fase
Atualmente, o jogador é um dos artilheiros do Paulistão A3, com seis gols, ao lado de Gabriel Barcos do Rio Preto. “Significa muito, fico extremamente feliz por poder disputar esse prêmio profissionalmente, é uma sensação maravilhosa. Fruto de muita dedicação e trabalho, não só meu, mas de todo o grupo, já que, sem eles, nada disso poderia estar acontecendo”, destacou.
O artilheiro também elogiou o apoio do torcedor do Noroeste, líder do Paulistão A3, com 26 pontos. “É importantíssimo em todos momentos, eles nos motivam, nos trazem combustível a mais na hora dos jogos. O carinho que eles têm comigo, no dia a dia, nos jogos e em minhas redes sociais é algo que está marcado em meu coração, fico muito feliz e muito grato por tudo! E a minha vontade de retribuir dentro de campo só aumenta”, agradeceu.
Por conta da paralisação do Paulistão A3, em virtude da pandemia da Covid-19, Fabrício revelou a rotina de treinamento para a manutenção da forma física. “Nossos preparadores físico mandam, semanalmente, rotinas de treinos, para fazermos e adaptarmos ao que temos em nossas casas, lembrando que não é férias, por isso precisamos manter um treino intenso, para não perder totalmente o preparo que tivemos no início da temporada”, finalizou.
