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Biometria facial contra irregularidades no transporte coletivo

Sistema descobre se estudantes e idosos emprestaram cartão para outra pessoa utilizar

O CAT (Consórcio Araraquara de Transportes), formado por Empresa Cruz e Viação Paraty, implementou, em caráter experimental, um sistema inovador de biometria facial. O objetivo, segundo o Consórcio, é combater irregularidades e garantir segurança de usuários das linhas de ônibus de Araraquara.

O sistema descobre se estudantes e idosos que têm o benefício da meia passagem ou da gratuidade emprestam o cartão do transporte público a outra pessoa. Desde fevereiro, quase um mil pessoas (principalmente estudantes) tiveram o cartão bloqueado e precisaram procurar o consórcio para regularizar a situação. O trabalho é fiscalizado pela Controladoria do Transporte de Araraquara.

Quando o estudante ou o idoso realiza o cadastro para ter direito ao cartão, uma imagem sua é fotografada e enviada para o sistema. Dentro dos ônibus, duas câmeras de monitoramento filmam o tempo todo e registram quem passa pelas catracas e qual é o titular daquele cartão.

Quando os veículos voltam para a garagem, os dados coletados são transmitidos para uma central. Se alguma pessoa usou o cartão de terceiros, o sistema acusa (pelos traços diferentes do rosto captado na filmagem). A data e o horário ficam registrados.

Um relatório com os nomes de quem burlou o sistema é enviado para o Consórcio. No momento em que está no ônibus, o passageiro consegue passar pela catraca e concluir a viagem, mas depois o cartão é bloqueado.

São três tipos de punições, como explica Carlos Aureliano, diretor do CAT. “Em um primeiro momento, o cartão fica bloqueado por dez dias. O estudante tem que nos procurar. Abrimos o cadastro e já tem a informação ‘bloqueado por biometria facial’’, afirma. A multa para desbloqueio, após o 10º dia, é de R$ 15.

Se houver reincidência, a segunda penalidade é de 30 dias de bloqueio e nova multa de R$ 15. Caso a pessoa cometa a irregularidade pela terceira vez, ela perde o cartão até o final do ano letivo.

“À medida que isso for colocado para a população e ela se conscientizar do uso correto do cartão, o número de cartões bloqueados deve diminuir absurdamente”, acredita Carlos.

O representante do consórcio ressalta que nada muda para quem usa o cartão comum e paga a tarifa inteira, sem benefícios: a pessoa pode repassar o cartão para outra pessoa, mas terá os valores das tarifas (que já foram pagos por ela) descontados dos próprios créditos.

 

Redação

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