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Castração gratuita gera debate entre protetores e Meio Ambiente

Protetores alegam que município está sem castração gratuita há 18 meses

 

A denúncia de que o município de Araraquara não oferece castração gratuita há 18 meses gerou debate no Jornal da Morada na manhã desta segunda-feira (29).

Segundo Betty Peixoto, presidente da ONG SOS Melhor Amigo, o governo municipal não se mostra sensível à situação de reprodução descontrolada de cães e gatos, ao abandono de cadelas e suas crias e às doenças que esta situação provoca e, por isso, pede a volta da castração gratuita e permanente ao município.  Ainda de acordo com a presidente da ONG, isso significa um compromisso por parte da prefeitura através de verba destinada para tal finalidade de forma que o projeto possa ter continuidade, planejamento e metas a serem alcançadas.

Betty enfatiza que “a situação está ficando crítica e só não está pior graças aos protetores que sem receber recursos municipais, estaduais ou federais, encontram meios para angariar dinheiro para pagar algumas castrações, entretanto em número aquém do necessário. Vamos perder o trabalho de anos de controle populacional se a prefeitura continuar ignorando o problema”.

Sobre verbas para a castração, Betty ainda explica que já foram pedidas emendas no orçamento para as castrações, porém sem sucesso. Sobre o orçamento, ela dispara: “No final do ano passado aproximadamente 50% do orçamento da Cultura foi para a Secretaria do Meio Ambiente, mas nada para as castrações”.

O secretário do Meio Ambiente, José Antonio Delle Piage, falou ao Jornal da Morada e rebateu as afirmações da protetora. Segundo ele a castração gratuita está acontecendo normalmente e para isso basta ligar para a secretaria através do telefone 3301 9000 e fazer o agendamento. De acordo com os números da secretaria, em 2014 foram castrados 1.181 animais (451 gatos e 730 cães) e neste ano já foram castrados 1.070 animais (383 gatos e 687 cães).

Betty Peixoto rebateu as afirmações do secretário. Disse que a prefeitura mantém um contrato de abrigamento com o Canil Siciliano, onde os cães recolhidos pelo Meio Ambiente recebem cuidados, são castrados, chipados, vacinados e alimentados até estarem prontos para adoção. Esse serviço atende por volta de 150 animais. A proprietária do canil, Alessandra Siciliano, segundo Betty, faz algumas castrações mensais de acordo com sua disponibilidade, graciosamente, para a prefeitura.

A protetora afirma também que os animais que chegam ao canil são normalmente cadelas no cio ou cadelas prenhas retiradas das ruas e isso não atinge os cães da população carente que tem interesse em castrar seus animais. “Não há controle populacional, só há a castração quando o pior já aconteceu. Não há prevenção”, finaliza.

 

 

 

Nanci

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