A Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Daae da Câmara Municipal de Araraquara, ouviu nesta quarta-feira, dia 3, o professor Roberto Chust Carvalho, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ele é o engenheiro que assinou o laudo sobre o reservatório da Vila Xavier, em 2014, antes mesmo do acidente com a morte de duas pessoas em novembro do ano passado.
Além do laudo emitido com o rompimento da câmara do reservatório, em 2014, o professor fez a parte estrutural do local há quase trinta anos. “Não existe norma sobre a vida útil, mas acredito que trinta anos é uma idade de uso alta”, diz o professor reforçando que existem outras caixas com 35 anos, ou mais, apesar desse uso ser mais comum em residências.
O professor recomendou, ainda, em seu laudo emitido há dois anos, que a câmara de um dos reservatórios fosse abandonada e a outra tivesse a capacidade de água reduzida e carregamento lento. O Daae, por sua vez, já tinha adotado a medida preventiva. Uma nova construção também foi sugerida para poder manter o atendimento, pois a reforma não seria viável financeiramente devido à vida útil das caixa d’água.
Em depoimento dado a CEI, o engenheiro da UFSCar, que tem sem seu currículo uma série de projetos semelhantes, disse não ser possível prever o acidente de 2015 sem uma série de cálculos técnicos sobre o uso do reservatório. Ele, no entanto, admitiu risco, caso as recomendações não tivessem sido absorvidas pelo Daae.
Instaurada em 17 de novembro, após o rompimento do reservatório da Vila Xavier, seis dias antes, a CEI da Câmara Municipal tem como presidente o vereador Édio Lopes (PT), o relator William Affonso (PDT) e os demais membros Jair Martineli (PMDB), Farmacêutico Jéferson Yashuda (PSDB) e Juliana Damus (PP).
