A CBF instaurou em 2012 o Certificado de Clube Formador. Desde então, cada vez mais clubes se regraram para atingir a excelência na formação de atletas através de uma estrutura mínima pré-estabelecida para que o time obtenha o ‘selo’ e tenha seus direitos sobre atletas preservados.
Ao todo, são 15 os clubes formadores filiados à FPF. Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Ponte Preta, Botafogo, Novorizontino, Mirassol, Ituano, Ferroviária, São Caetano, Red Bull, XV de Piracicaba, Desportivo Brasil e Osasco FC. Exceto o último, todos os outros disputaram os torneios estaduais de base em 2018.
Classificação é regra
Considerando que os clubes formadores estiveram em campo nas categorias sub-20 (exceto o Mirassol), sub-17 e sub-15, foram 41 participações. Certificados como trabalho de excelência na categoria de base, em 39 delas houve a classificação, totalizando 95% de aproveitamento.
As exceções foram o sub-15 do São Caetano e o sub-20 do Santos, que não teve atletas já integrados ao elenco profissional como Rodrygo, Arthur Gomes, Calabres e Yuri Alberto.
Certificado de Clube Formador
Um dos mais novos clubes a conseguir o selo foi a Ferroviária, em julho de 2017. Coordenador das categorias de base do clube, Roberto Braga falou sobre o respaldo que o clube tem.
“Hoje o atleta, os pais, o empresário, olham para a Ferroviária e sabem que têm uma boa estrutura, que é um trabalho sério e que vale a pena. Você aumenta o nível geral de profissionais e qualidade do time. O resultado em campo é consequência”, analisa Braga.
Ele revela que um problema envolvendo um jogador fez com que o andamento para conseguir o certificado fosse acelerado. “Disputamos a Copa São Paulo de 2016 e tivemos um jogador que se destacou. Ele tinha contrato amador, alguns clubes se interessaram e o empresário quis tirar ele do clube. Por não termos o certificado de clube formador, acabamos perdendo o atleta. Isso acelerou o processo para sermos clube formador”, finalizou.
Entre os requisitos para ser um clube formador, estão oferecer apoio pedagógico, médico, psicológico, nutricional e social aos atletas das categorias de base.
