A exposição itinerante do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, atinge a marca de cinco mil visitantes e se despede do Palacete das Rosas, em Araraquara, no próximo sábado (2 de abril). A Estação da Língua faz a sua segunda parada do ano, em Pirassununga, no dia 12 de abril.
Desse total, três mil são alunos de 61 escolas de Araraquara, São Carlos, Itirapina, Matão, Boa Esperança do Sul, Santa Lúcia e Américo Brasiliense também passaram pela exposição Estação da Língua.
“Prosseguimos viagem pelo estado de São Paulo carregando na bagagem a rica diversidade de sotaques e expressões dos nossos visitantes. São esses diferentes modos de falar, que mantém o Museu e a Língua Portuguesa vivos”, declara Antonio Carlos Sartini, diretor do Museu da Língua Portuguesa.
A realização da Estação da Língua é do Governo do Estado de São Paulo, por meio do ProaC – Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura; do IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, organização social de cultura que gere o Museu da Língua Portuguesa; e da Arquiprom, proponente e produtora do projeto. A Estação da Língua tem o patrocínio da Panco e apoio da Tim, além do apoio local da Prefeitura do Município de Araraquara.
A Estação da Língua
Com seis áreas expositivas distribuídas em mais de 300 metros quadrados, o destaque da mostra é o Mapa dos Falares, que exibe a singularidade do português falado em diferentes regiões do Estado de São Paulo, novidade especialmente dedicada ao público paulista.
A estrutura de recepção e de acolhimento baseia-se em um conjunto com forte apelo visual, que abriga projeção de breves textos literários especialmente escolhidos para a itinerância. Em um ambiente imersivo, três frases promovem o início dessa viagem pela história da língua portuguesa: “Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”, de Fernando Pessoa; “Penetra surdamente no reino das palavras”, Carlos Drummond de Andrade; e “Como é que chama o nome disso”, de Arnaldo Antunes, foram interpretadas pelos atores Paulo Betting, Julia Lemmertz e Deborah Evelyn. Painéis de LED vermelho reproduzem o que está sendo ouvido.
Uma grande escultura de caixas apresenta o Museu da Língua Portuguesa e o público segue para o ‘desembarque’, formado por um painel gráfico com as origens da língua e um vídeo/animação, apresenta as conquistas e a expansão ultramarina de Portugal até o ano de 1500 – quando ocorre o descobrimento do Brasil. Esta seção inclui um terminal multimídia que permite ao visitante escutar os vários sotaques do português pelo mundo.
A terceira área expositiva parte da Linha do Tempo, consagrada no Museu da Língua Portuguesa com a evolução do idioma no Brasil até a atualidade. O visitante segue para terminais com telas sensíveis ao toque que apresentam a relação do português com outros idiomas, como as línguas indígenas e africanas, e também as influências dos imigrantes europeus em solo brasileiro.
O passeio se aproxima do fim num painel em forma de quebra-cabeça que apresenta um vídeo baseado em dez entrevistas especiais. O vídeo permite confrontar e mesmo sugerir um diálogo entre cinco cidades paulistas, ressaltando as particularidades linguísticas de cada região. A parada final destaca em projeções a presença diversificada da língua portuguesa no dia a dia do brasileiro, até mesmo em sonhos, com a apresentação de dois vídeos – Culinária e Danças.
Toda estrutura é transportada de uma cidade a outra em caminhões, pois a Estação da Língua foi projetada de maneira que possa ser desmontada e novamente aberta ao público em outro município em até sete dias.
Estação da Língua em Araraquara
Data: de 4 de março a 2 de abril
Horário: de segunda a sexta, das 9h às 18h; e aos sábados das 10h às 13h.
Local: Palacete das Rosas Paulo A.C. Silva (Rua São Bento 794 – Centro)
Informações sobre agendamento e atividades paralelas: (16) 3332 5432 ou agendaculturalararaquara@gmail.com
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