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Da Fonte para a Itália: O brilho de Felipe Estrella

Atacante da Roma falou sobre sua carreira e sonhos em entrevista ao Portal Morada 

Assim como ocorre no Brasil, o futebol italiano também está parado por conta da pandemia do novo coronavírus. O atacante araraquarense Felipe Estrella, de 19 anos, que integra o time sub-20 da Roma, se encontra em Araraquara com sua família, que respeita o período de isolamento social para a prevenção da doença. 

Mas se a situação o impede de fazer o que mais gosta dentro dos gramados, fora deles o artilheiro segue contribuindo com seu brilho. Nesta quinta-feira (2), ele fez a doação de 5 mil sabonetes para uma campanha que visa arrecadar produtos de higiene pessoal para famílias carentes de Araraquara.

Em entrevista ao Portal Morada, ele falou sobre a situação. "O ato de ajudar também nos conecta aos outros, criando comunidades mais fortes e ajudando a construir uma sociedade mais feliz para todos", explica.

Vale lembrar que a Itália é um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, o que causa comoção no jovem atleta araraquarense, que voltou para o Brasil antes do pico da crise. "Era o início da pandemia na Itália, mas muitas pessoas já estavam desesperadas e preocupadas com a família e com os empregos", descreve o jogador, que também analisa o que vê em Araraquara. "É um cenário de muita tristeza. A cidade vazia e dá uma sensação de luto", diz.

Uma carreira promissora

Felipe Estrella Galeazzi nasceu em Araraquara no dia 10 de janeiro de 2001 e logo na infância surgiu sua paixão pelo futebol. Cresceu na Vila Harmonia e com apenas cinco anos de idade já integrava a Escolinha de Futebol do Clube Araraquarense. A Ferroviária entrou em sua vida na adolescência. Com 15 anos de idade, fez o teste e passou, porém o estudo, que sempre foi prioridade, o impediu de integrar o time grená naquele momento. Posteriormente, voltou a encarar o desafio. "Com 16 anos, fiz novamente o teste e foi onde tudo começou", relembra o jovem.

O talento de Felipe foi lapidado nas categorias de base da Locomotiva e o reconhecimento veio cedo, já que enquanto comemorava seu aniversário de 18 anos, se tornou um dos destaques e o artilheiro do time na Copa São Paulo de Juniores de 2019, com um desempenho que chamou a atenção de vários clubes do Brasil e do exterior. "Minha atuação na Copa São Paulo foi muito boa. Foi minha primeira atuação nesse campeonato, na frente de tantas pessoas, e consegui bons resultados como quatro gols e uma assistência em cinco partidas", destaca.

Com o fim daquela edição da Copinha, veio a oportunidade de atuar nas categorias de base de um dos principais clubes da Itália, a Roma, a quem foi emprestado pela Ferroviária com um contrato válido até 30 de junho de 2020, quando o time italiano terá a possibilidade de adquirir um percentual dos direitos econômicos do jogador.

Vida nova na Itália

Felipe revela que encontrou algumas dificuldades de adaptação na capital italiana, principalmente por conta da distância da família. "Minha maior dificuldade foi a cultura deles e o idioma. Foi uma coisa difícil pra mim, pois sem os pais não é a mesma coisa, precisa ter cabeça. Também teve a falta da comida da minha mãe", diz o atleta, sorrindo.

O atacante elogia a organização que encontrou no clube europeu. "A estrutura da Roma é uma das melhores da Itália e da Europa. Eles enxergam bem a base, dão valor e é de alto nível", resume o jogador, que também aponta a principal diferença no futebol praticado pelos dois países. "No Brasil o futebol é mais habilidade e força, já na Itália é mais tático e técnico", observa.

Uma sensação indescritível para Felipe Estrella foi a de ver alguns ídolos do futebol de perto e muitas vezes trabalhar ao lado deles na Europa. "Demorou para cair a ficha, mas eu aprendi muito com eles, principalmente com o atacante Dzeko, que é o ídolo e atual centroavante da Roma", ressalta.

E por falar em conquistas, uma delas veio no final do ano passado, quando foi convocado para integrar a Seleção Brasileira Sub-20. "Foi um sonho realizado. É a melhor sensação que um jogador de futebol pode ter", salienta.

A camisa amarelinha, aliás, é a principal meta da carreira de Felipe Estrella, que promete trabalhar duro para integrar a equipe que é considerada uma constelação de craques. "Meu principal sonho é jogar pelo time principal da Seleção Brasileira", concluiu o atacante, que tem talento de sobra para ver sua luz brilhar cada vez mais forte no universo do futebol.

 

 

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