Para evitar acidentes graves, principalmente queimaduras, a Prefeitura alerta a população de Araraquara, por meio da Defesa Civil (órgão da Secretaria Municipal de Segurança Pública), sobre os cuidados que devem ser tomados neste período de festas juninas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Edson Alves, primeiro é preciso saber que a madeira só pode ser originária de árvores frutíferas ou exóticas, não protegidas pela legislação ambiental, ou lenha certificada, como eucalipto e pinus. Também não é permitido o uso de lenha verde ou úmida.
“É proibido fogueira em logradouros públicos – ruas, calçadas, praças e estacionamentos – e no caso da fogueira junina é obrigatória a vistoria da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com antecedência de no mínimo dois dias”, afirma Edson.
Em áreas particulares, ou mesmo públicas, a fogueira tem que ficar, no mínimo, a 200 metros de hospitais e postos de saúde ou de qualquer outro estabelecimento da área de saúde.
Também é obrigado estar minimamente a 100 metros de distância de bares, supermercados ou estabelecimentos públicos e particulares de visitação coletiva, e a 30 metros de qualquer vegetação de porte arbóreo na projeção da copa.
A fogueira junina também é permitida em unidades escolares, desde que tenha permissão da direção responsável. “Mas a escola deve obrigatoriamente ter os equipamentos de segurança e pessoal treinado para ações emergenciais”, acrescenta o coordenador.
A escola ainda deverá isolar a área, no mínimo em cinco metros ao entorno da fogueira, e proibir a aproximação de pessoas.
Fogos de artifício
Também o uso de fogos de artifícios do evento junino é de inteira responsabilidade do organizador, que responderá pelas leis vigentes na área civil, ambiental e criminal.
Como nos eventos de final de ano, aumenta o número de pessoas queimadas por manipularem inadequadamente fogos de artifício durante as festas juninas.
Segundo Edson Alves, os riscos nestes casos não são apenas de queimaduras, já que também podem ocorrer “laceração e mutilação de dedos, mãos e rosto”. Não se pode comprar fogos de artifícios clandestinos, que não trazem as orientações do fabricante na embalagem. “Também nunca se pode deixar crianças soltar fogos e ter sempre em mente que a ingestão de bebida alcoólica e fogos não combinam” disse.
Em caso de primeiros socorros, enquanto não houver atendimento em hospital, é preciso cobrir a queimadura com um pano limpo, umedecido em água filtrada ou soro fisiológico.
“Nunca se deve retirar as roupas grudadas nos ferimentos, nem os fragmentos de objetos que podem estar na pele”, prega o coordenador da Defesa Civil de Araraquara. “Também não se deve aplicar óleo, pomadas, pó de café, manteiga ou pasta de dente, porque certos elementos aumentam as chances de infecção no local machucado”.
Também é importante retirar todos os objetos que podem sufocar a vítima, como pulseiras, brincos, anéis e relógios, por conta do inchaço provocado, e chamar mediatamente um médico para reverter o problema.