Menos de um ano depois do processo eleitoral de 2016, quatro dos cinco candidatos derrotados à Prefeitura de Araraquara foram nomeados a cargos comissionados em diferentes esferas do Executivo e Legislativo.
Edna Martins (PSDB), que obteve 28.595 votos e terminou a disputa em segundo lugar, hoje é responsável pela Diretoria Regional de Assistência Social (DRAS), órgão da secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo. Socióloga, Edna foi nomeada pelo governador Geraldo Alckmin, do mesmo partido, no final do ano passado, e é responsável pela execução e acompanhamento dos programas desenvolvidos pela pasta em 26 municípios da região.
Terceiro colocado na disputa, com 12.417 votos, o ex-vereador Aluísio Braz, o Boi (PMDB), também foi lembrado por uma colega de partido após as eleições. Atualmente, ele atua como Auxiliar Parlamentar da senadora Marta Suplicy (PMDB), paralelo as atividades de cabeleireiro em Araraquara. O cargo não exige que ele dê expediente em Brasília.
Nino Mengatti (PSB) terminou a disputa com 8.431 votos, após ocupar postos no governo do ex-prefeito Marcelo Barbieri. Em Araraquara, Nino foi secretário de Governo, Educação e Segurança Pública e lançou-se candidato após trocar o PMDB pela atual legenda. Depois da disputa eleitoral, foi convidado pelo prefeito Airton Garcia (PSB), de São Carlos, e desde janeiro ocupa o cargo de secretário municipal de Educação naquele município.
João Farias (PRB) teve uma votação pouco expressiva na sua primeira disputa ao Executivo após ocupar por dois mandatos uma cadeira no Legislativo de Araraquara. Ele recebeu apenas 2.648 votos depois de uma campanha crítica ao PT e Edinho Silva. Desde fevereiro deste ano, ocupa cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo, atualmente como Assessor Especial Parlamentar no Núcleo de Avaliação Estratégica do parlamento paulista.
De todos os candidatos, além de Edinho Silva (PT), que venceu as eleições e exerce o terceiro mandato como prefeito de Araraquara, apenas o jovem Célio Peliciari, do PSOL, não ocupa cargo comissionado ou de nomeação política. Atualmente, Célio compõe o quadro de servidores municipais, lotado no pedágio de Bueno de Andrada, após ingressar na função por meio de concurso público. Na esfera política, o jovem é secretário da direção do partido, mas a função é sem remuneração.
