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Diretor da Ferroviária explica demissão de técnico

Pedro Martins apontou novo cenário financeiro como determinante para saída de Sérgio Soares

O diretor executivo da Ferroviária, Pedro Martins, falou sobre a demissão do técnico Sérgio Soares, ocorrida no dia 27 de março e que causou grande repercussão entre os torcedores, já que o treinador vinha de oito jogos sem derrotas antes da paralisação do futebol brasileiro por conta da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista aos Campeões da Bola, ele explicou que o fator financeiro foi determinante na decisão.

Segundo ele, a Ferroviária criou, em dezembro do ano passado, um comitê gestor para comandar o processo de transição após a compra de parte de suas ações pela MS Sports. O grupo é composto por representantes dos investidores e também por pessoas que fazem parte do dia-a-dia do clube, que já haviam planejado uma reunião após a campanha no Paulistão. Entretanto, a mudança de cenário por conta da suspensão do futebol ocasionou uma antecipação dessa avaliação. 

"Essa reunião acabou antecipada por uma série de fatores. O principal deles é que recebemos algumas ligações, tanto de fornecedores, quanto de patrocinadores e também ficamos sabendo da possibilidade de a Globo não pagar a última parcela referente aos direitos de transmissão do Campeonato Paulista. Tudo isso gerou uma antecipação dessa reunião e dessa avaliação geral. A ideia era avaliar com um pouco mais de profundidade, até porque isso não pôde ser feito em momento algum desde a minha chegada e desde que parte do percentual do clube foi adquirido por esse grupo", explicou Pedro. 

E foi a partir dessa análise que se chegou à definição da demissão do treinador. "Acabamos levando em consideração o novo cenário financeiro, olhando o orçamento que temos para o segundo semestre e também avaliando o perfil de trabalho que queremos para a Série D. Com isso, acabou se chegando à decisão de que o Sérgio Soares não continuaria no comando", acrescentou Pedro. 

O diretor executivo também explicou que o processo faz parte da implantação de um novo ciclo do clube. "Posso ressaltar que a pessoa e a qualidade do trabalho que temos no dia-a-dia com o Sérgio é muito boa e ele é um cara muito aberto à troca de ideias. Mas também chegou-se ao consenso de que o custo que tínhamos com relação ao contrato que foi feito no ímpeto do momento da saída do Marcelo Vilar, e também o perfil que o clube avaliava pensando em um ciclo de Série D e Paulista do ano que vem, fizeram a diretoria como um todo decidir pelo desligamento", relatou. 

Pedro faz questão de relembrar que a Ferroviária é um clube que não tem a tradição de promover trocas constantes de técnicos e espera que a situação se restabeleça após o cenário de reestruturação. "Foi muito mais uma decisão antecipada do que outra coisa. Sabemos que a Ferroviária não é um clube que tem como cultura e como prática a troca de treinadores, e acredito que essa cultura tende a ser retomada com a estabilização do projeto, depois dessa primeira etapa de transição e de compra por parte dos investidores", assegurou. 

Alguns nomes são cotados pela torcida para o cargo de técnico da Ferroviária, entre eles os de Vinícius Munhoz – que comandou o time em 2018 e 2019, e de Leonardo Mendes, atual técnico da equipe sub-20 afeana. Pedro Martins, no entanto, afirma que o clube analisa uma lista de treinadores e prefere não revelar nomes. "Estamos com uma lista de possíveis profissionais, fazendo uma avaliação muito precisa e com uma dedicação que normalmente o futebol não permite por não dar esse tempo. Normalmente, quando ocorre a troca de treinador, você tem que tomar uma decisão rápida porque já tem outro jogo e assim esse processo vai te engolindo. A Ferroviária tomou a decisão de iniciar esse novo ciclo de uma maneira mais planejada que anteriormente", concluiu.

 

 

Carlos

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