Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.


InícioblogEi, Câmara Municipal, alto lá!

Ei, Câmara Municipal, alto lá!

"Os vereadores de Araraquara, nas últimas sessões, aprovaram mais de R$ 31.000.000,00 em créditos adicionais, em recorte de tempo"

Na última sessão ordinária, a 134ª, da Câmara Municipal de Araraquara foram aprovados cinco créditos adicionais suplementares e uma autorização para contratação de operação de crédito junto ao Banco do Brasil de no máximo R$ 5.000.000,00, todos a pedido do Governo Edinho Silva. Fiquei com a sensação de que estas decisões têm sido constantes em Araraquara e fui buscar me informar.

Importante ressaltar que as duas questões aprovadas – créditos adicionais e operação de crédito – são diferentes. A primeira, podemos qualificar como remanejamento de recursos no orçamento, ou seja, o planejamento da Lei Orçamentária Anual (LOA) foi insuficiente e, por isso, é preciso adicionar recursos financeiros em uma determina área ou programa, retirando de outra. Dessa forma, não há criação de despesa e podemos classificar como suplementar. No entanto, quando se fala em operação de crédito junto à instituição financeira, está, automaticamente, criando uma nova despesa, o empréstimo (valor + juros). Aqui, além de demonstrar que a Prefeitura está com seu planejamento comprometido, indica falta de recursos financeiros destinados para aquele problema. E, se este caso requer medida tão emergencial, como ele não estava planejado desde o início (já que não versa sobre nenhuma condição extraordinária, como a grande epidemia de dengue)? Podemos indicar como crédito adicional especial, que é a elaboração de uma nova dotação orçamentária.

Quero ressaltar que o chefe do Executivo é o legítimo planejador e executor do Orçamento Público, sua grande tarefa é conseguir planejar e executar, ao máximo possível, as despesas necessárias dentro de um ano. Enquanto, que o papel do Legislativo, neste caso dos nossos vereadores, é fiscalizar o processo de planejamento e execução orçamentária. Oras, claro que é impossível prever todas as despesas que a sociedade irá demandar, portanto, quando Edinho Silva apresenta insistentes créditos adicionais e operações de crédito é, no máximo, indicativo de desorganização no Executivo, mas está dentro de seus recursos legal e político.

Mas, os vereadores de Araraquara, nas últimas sessões, aprovaram mais de R$ 31.000.000,00 em créditos adicionais, em recorte de tempo, falamos de pouco menos de 3 meses. É algo escandaloso e fica pior ainda quando acompanhamos a ausência de debates acerca dessas questões, pois os fundamentos dos créditos adicionais aprovados são essenciais para o funcionamento da máquina pública, das políticas públicas e para os servidores. Então, como estavam fora do planejado/orçado? A Câmara Municipal deveria sim aprovar os créditos adicionais, ao mesmo tempo propor o debate junto à sociedade e a Prefeitura Municipal – aqui convocando nominalmente os responsáveis pela elaboração do Orçamento Municipal –, para cobrar responsabilidades e aumentar o controle popular.

O município de Araraquara, segundo o Índice de Governança Municipal (IGM) do Conselho Federal de Administração, gasta consideravelmente com o Legislativo, sendo uma das principais variáveis responsável por nossa má avaliação na dimensão Fiscal. Para o IGM nesta questão, Araraquara deveria ter gasto per capita de R$ 47,59 e estamos com R$ 133,26. Ou seja, os vereadores detêm todos os instrumentos necessários para realizar um acompanhamento mais minucioso da execução orçamentária, perto da população e cobrando responsabilidades dos membros do Executivo local. Neste momento de crise política e financeira no Brasil, passar para as pessoas, os contribuintes, que há esforço descomunal das autoridades para melhor planejmento, controle e respeito com os gastos públicos, é algo primordial. É preciso retomar a confiança.

Notícias relacionadas
Audiencia_Premiada

Mais lidas