A Polícia Civil através da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) chegou até o autor das agressões ao morador em situação de rua, que infelizmente resultaram em sua morte.
As agressões ocorreram no último sábado (22). O autor na ocasião utilizou um pedaço de caibro para golpear a vítima e fugiu em seguida e até então, sua identidade era desconhecida.
O homem agredido era Rodrigo Aparecido da Silva, de 38 anos e apesar dos esforços da equipe médica da Santa Casa, Rodrigo veio a óbito na noite de quarta-feira (26), por volta de 19h15.
Na tarde desta quinta-feira (27), o delegado Fernando Bravo esclareceu que o enfermeiro de 28 anos, se apresentou espontaneamente na quarta-feira (26) e confessou as agressões. O homem relatou que na manhã do crime, a vítima estava bastante alterada e fazia ameaças contra ele.
O enfermeiro, que trabalha em um hospital particular, relatou que estava no ponto de ônibus aguardando o coletivo para ir embora depois de seu plantão.
Segundo a versão do autor, a vítima o estaria importunando e fazendo ameaças, inclusive jogando pedras contra ele. Para se defender, o enfermeiro disse que pegou o pedaço de madeira que estava entre as flores do teatro e deu dois golpes na vítima, sendo um deles, na cabeça de Rodrigo.
Segundo o enfermeiro, ao perceber a gravidade dos ferimentos ele saiu correndo do local, pois se assustou com a potência dos golpes. O SAMU foi acionado por populares que encontraram a vítima sangrando no local. Os socorristas tiveram bastante dificuldade de iniciar o atendimento, pois um cachorro, que seria da vítima, não permitia que ninguém chegasse perto do ferido.
De acordo com o delegado Fernando Bravo, imagens de sistema de monitoramento mostram parcialmente o ocorrido e por isso, será necessário recriar o fato ouvindo possíveis testemunhas para elucidar o caso.
O enfermeiro disse ao delegado que está arrependido de ter cometido as agressões e que não tinha a intenção de matar Rodrigo. A família da vítima procurou a DIG e disse que Rodrigo, que era de Araraquara, estava há certo tempo vivendo em situação de rua e tinha problemas com bebida alcoólica e entorpecentes. Segundo a Polícia Civil, ele tinha passagens policiais com histórico de ameaças contra outras pessoas.
De acordo com o delegado, o enfermeiro depois de ser ouvido e confessar o crime, foi liberado e responderá ao processo em liberdade. Ele se mostrou colaborativo e a Polícia continuará com diligências para conseguir mais detalhes sobre o caso.