InícioCultura+CulturaExposição Xilograffiti segue em cartaz no Sesc Araraquara até julho  

Exposição Xilograffiti segue em cartaz no Sesc Araraquara até julho  

Alcance da mostra extrapolou os muros da unidade, com ações realizadas nas escolas do entorno e outros territórios

Desde março o Sesc Araraquara ganhou novos ares com a chegada da Exposição Xilograffiti, mostra que, com a curadoria de Baixo Ribeiro e Laura Rago e direção de Laura Maringoni, une arte urbana e cultura popular, abordando assuntos como a xilogravura e os cordéis, o grafite e o estêncil.  A exposição já trouxe para a cidade artistas e coletivos de diversas cidades e regiões do Brasil, entre eles o maranhense Romildo Rocha, Derlon, Pablo e Bacaro Borges, filhos do artista popular, xilogravador e poeta autodidata J. Borges (PE); o coletivo Paulestinos, a artista Lau Guimarães, ambos de São Paulo, ainda, grupo Xicra, e a gráfica Lira Nordestina, do Ceará.  

Nas instalações no Sesc Araraquara, o público pode visitar até o dia 16/7 as obras de J. Borges e outros artistas, além de experimentar e explorar uma diversidade de ferramentas e formas de fazer artístico – a participação do público é essencial para que a mostra cumpra seu papel. Xilograffiti desde sua concepção também trabalhou para criar redes, conexões entre a arte, os artistas e o território, tecer novas relações, o que se deu em diversos momentos, inclusive na 1º Feira de Artes Gráficas, que abrilhantou o festival de abertura.  

Na Escola Estadual Professor Victor Lacôrte, localizada no entorno do Sesc Araraquara,  Romildo Rocha promoveu intervenções artísticas em vários muros da escola, transformando o ambiente e contando a história de seu trabalho. Os alunos estiveram presentes, participando dos processos artísticos, de forma que crianças e jovens tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura do grafite, da xilografia, e de outras artes de rua como o lambe-lambe, técnica abordada pelo artista Átila Fragozo, do coletivo Paulestinos, e que ocupa agora as paredes internas da escola com frases de resistência, protesto e poesia, criadas em conjunto com os educandos da escola do sistema prisional.   

Dentro da escola, está instalado o Centro de Tecnologia e Inovação da Educação Básica Paulista (CIEBP), que ofereceu oficinas de Grafite e Making  off para os alunos terem mais facilidade e familiaridade com a proposta do projeto.  

Na escola Florestano Libutti, também no entorno do Sesc Araraquara, a artista Lau Guimarães trabalhou com os alunos o lambe-lambe que por meio da palavra “cariñho” trouxe a força da sensibilidade. Já na escola estadual Profa. Ergília Micelli, no bairro Selmi Dei, intervenções visuais foram realizadas promovendo o encontro de artistas locais: Thiago Kiddy, Aracê, Vitor Pedroso e Ludmila Siviero, Bonet, Kadi, ANAK e Preto com artistas que compõem a exposição Xilograffiti: Derlon,  Lau Guimarães, Paulestinos e Romildo Rocha. 

As ações desenvolvidas com grupos e escolares tem grande potencial, possibilitam a democratização do conhecimento a respeito da diversidade cultural e artística, não somente local, mas que abrange o território nacional e internacional, provocando choques criativos tanto na teoria como na prática.  

Na dia 31 de maio, uma ação online reúne representantes da gráfica Lira Nordestina (Juazeiro do Norte-CE) e o grupo Xicra (Crato – CE), formado por Carlos Henrique Soares, Adriano Brito e Franklin Lacerda. Intitulado Conversas e Conexões, o encontro acontece às 19h, e para participar basta acessar o link do zoom, disponível no Portal do Sesc Araraquara (sescsp.org.br/araraquara).  

As múltiplas faces da literatura de cordel brasileira têm como representante histórico a gráfica Lira Nordestina – símbolo da herança da cultura popular, sobretudo das matrizes culturais de Juazeiro do Norte e do Crato. Resistindo desde a década de 1930, a gráfica, que reúne poetas e xilógrafos, pertence hoje à Universidade Regional do Cariri e é conduzida pelo xilógrafo Zé Lourenço.   

Inspirado pela cultura do cordel e pela arte urbana, Xicra produz instalações, performances e intervenções no espaço público explorando as linguagens da xilo, do estêncil e de outras formas de reprodução para estampar lambe-lambes, gravuras, cartazes, zines, máscaras, entre outros suportes.   

A visitação ficará aberta até dia 16 de julho, de terça a sexta-feira, das 13h às 21h30. Sábado, domingo e feriado, das 9h30 às 18h. Os agendamentos de grupos podem ser feitos pelo e-mail [email protected] e pelo telefone (16) 3301-7528.   

     

EXPOSIÇÃO XILOGRAFFITI    

  Visitação: até 16/7   

Terça a sexta, das 13h às 21h30    

Sábado, domingo e feriado, das 9h30 às 18h    

 Agendamentos pelo e-mail [email protected] e pelo telefone (16) 3301-7528   

PROGRAMAÇÃO DE MAIO  

 
Conversas e Conexões: Lira Nordestina e Xicra   

Encontro entre artistas cujas obras compõem a exposição Xilograffiti.   

Lira Nordestina (Juazeiro do Norte-CE)   

As múltiplas faces da literatura de cordel brasileira têm como representante histórico a gráfica Lira Nordestina – símbolo da herança da cultura popular, sobretudo das matrizes culturais de Juazeiro do Norte e do Cariri. Resistindo desde a década de 1930, a gráfica, que reúne poetas e xilógrafos, pertence hoje à Universidade Regional do Cariri e é conduzida pelo xilógrafo Zé Lourenço.   

Xicra (Crato-CE)   

Grupo formado por Carlos Henrique Soares, Adriano Brito e Franklin Lacerda, que, inspirado pela cultura do cordel e pela arte urbana, produz instalações, performances e intervenções no espaço público explorando as linguagens da xilo, do estêncil e de outras formas de reprodução para estampar lambe-lambes, gravuras, cartazes, zines, máscaras, entre outros suportes.   

31/05, quarta, das 19h às 20h – Ação Online   

Inscrições pelo Portal do Sesc  

Redação

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