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Família aguarda resgate de desaparecido no Rio Amazonas

Localizado a 60 quilômetros de Araraquara, próximo ao marco central do estado de São Paulo, o município de Bocaina foi palco do protesto feito pela família de Carlos Eduardo Bueno de Souza, desaparecido desde o dia 2 de agosto no rio Amazonas.

Os familiares organizaram o ato para cobrar mais empenho das autoridades brasileiras para o resgate das vítimas de um acidente envolvendo um navio carregado com contêineres e um comboio formado por um empurrador e nove balsas carregadas com milho, proveniente de Porto Velho e destinada às Cidades de Santarém e de Barcarena (Pará).

Carlos Eduardo é um dos nove tripulantes que ainda estão desaparecidos. Apenas duas pessoas foram resgatadas com vida.

A demora para informações sobre os desaparecidas mobilizou os familiares de Carlos Eduardo que, portando faixas e vestindo camisetas brancas, acusaram as empresas envolvidas – Bertolini, dona do rebocador, e Mercosul, responsável pelo navio – de negligência.

“Sei que isso não trará meu irmão de volta, eu só quero que tirem o corpo de lá, pra poder enterrar, pra minha mãe ver onde está, pro coração dela ficar um pouco menos dolorido. Ela está num desespero que não sei mais o que fazer”, desabafou Kélida Bueno de Souza, irmã da vítima.

O outro lado

Em sua página oficial na internet, a Transportes Bertolini explica que o acidente aconteceu por volta das 4h30min, no Rio Amazonas, nas proximidades da Cidade de Óbidos (Pará)

Da tripulação de 11 pessoas, dois tripulantes foram resgatados e os demais se encontram desaparecidos. “O empurrador BERTOLINI CXX foi localizado a uma profundidade de aproximadamente 60 metros e distante mais de 15 quilômetros do local onde ocorreu o choque com o navio”.

“Com a informação concreta da localização e profundidade, os representantes das companhias de seguros reativaram os contatos com as empresas que prestam serviços de salvatagem em águas profundas e também com empresas que realizam trabalhos de mergulho em plataformas de petróleo, nas operações de óleo e gás, que são as mais especializadas no Brasil neste tipo de operação. Foram repassadas informações precisas e detalhadas para que sejam finalizadas e enviadas as propostas de trabalho. Estas propostas estão sendo recebidas, serão avaliadas e definida a empresa que tem condições de prestar os serviços”, diz texto publicado pela empresa.

Ainda segundo a empresa, há condições que dificultam o trabalho de resgate e exigem técnicos com alto nível de especialização e equipamentos especiais, devido a inexistência de visibilidade nas águas, a profundidade na qual se encontra o empurrador e a força das águas.

 

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