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Ignácio, o imortal

Tenho com o Ignácio algumas similaridades: as profissões (escritor e jornalista), a terra natal (Araraquara) e a paixão pela Ferroviária

Aos 82 anos, o escritor e jornalista araraquarense foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

Tenho com o Ignácio algumas similaridades: as profissões (escritor e jornalista), a terra natal (Araraquara) e a paixão pela Ferroviária.

Paixão que o fez escrever a apresentação da minha obra literária mais importante: "A bola e o verbo – o futebol na crônica brasileira", editado pela Summus em 2013, antes do pai se morrer.

Misturo tudo porque este meu livro foi um divisor de águas: tem a simbologia de um filho, tem a partida do pai, foi vendido e falado no país inteiro, mas, principalmente porque o Ignácio fez a apresentação dele.

Falo muito pouco sobre isso e devia falar mais. Um cara do tamanho literário do Ignácio, imortal agora, apresentou a obra. Meu livro também será eterno? Pequenos mistérios….

Quem conhece Ignácio de Loyola Brandão sabe que nada ali é gratuito. Muito menos um texto de apresentação como está no meu livro-filho. Estou muito feliz e orgulhoso hoje.

Quero dizer que a Bola e o Verbo continuam contornando minha vida. Depois de Minas, São Paulo, Rio e até outros países, sigo na minha Araraquara da Ferroviária fazendo o que gosto. 

É prenúncio do Ignácio, da bola, do verbo. É a Ferroviária, de Araraquara, uma vez mais, contornando minha vida.

Parabéns, Ignácio.
Gratidão, Ferroviária!

 

"Apresentação

Ignácio de Loyola Brandão

Rodrigo veio de uma terra que já respirou muito futebol de qualidade. Certa época, o futebol estava na atmosfera, torcíamos pela Ferroviária, víamos jogos com os grandes times de São Paulo. São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos e outros que chegavam para o que se chamava clássicos do interior. O estádio lotava. Os cronistas esportivos iam até lá ver e transmitir jogos, havia orgulho no ar. Certamente aqueles anos devem ter chegado até Rodrigo de alguma maneira, porque a memória deles ainda flutua, passa de pai para filho, e assim por diante. A cidade que deu boleiros como Dudu, Bazani, Rosan, Peixinho, Dirceu e outros mais (mesmo não tendo ali nascido, se fizeram ali), locutores como Ennio Rodrigues e Wilson de Freitas, também produziu Marco Antonio Rodrigues, hoje Globo, e Rodrigo Viana. Por isso atravessei com prazer este livro. Porque os livros de qualidade sobre futebol são raros. Ou clichês. Rodrigo foge do lugar comum e nos traz o clima de um mundo que, parecendo ser tão familiar, ao dar a sensação que está em nosso quintal, ainda conserva segredos e mistérios, que não se desvendam assim. Não é mais um livro sobre futebol, é um bom livro, que atravessei de ponta a ponta em algumas horas. Quanto mais simples é a escrita, mais difícil ela é na sua feitura. A simplicidade exige disciplina, talento, aplicação. E essa simplicidade aparente está aqui para decifrar uma coisa que, como disse, parece simples, no entanto é complexa, o mundo do futebol.
Bem vindo ao mundo do futebol literatura, Rodrigo Viana"

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