InícioNotíciasGeralInadimplência acelera em maio e cresce 6,6% em 2015

Inadimplência acelera em maio e cresce 6,6% em 2015

Marcado pelo Dia das Mães, quinto mês do ano registrou a inclusão de 31.727 novos débitos em Araraquara

 

A inadimplência, medida pelo número de inclusões de débitos no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), cresceu 15,6% no mês de maio. Enquanto no mesmo período de 2014 o número de inclusões foi de 27.448, neste mês foram inclusos 31.727 novos débitos. Na análise do acumulado de 2015, o aumento é de 6,6% em relação aos primeiros cinco meses do ano passado. São praticamente nove mil novos débitos a mais no SCPC. Pelo âmbito das exclusões, ou seja, débitos que estavam no SCPC e foram quitados, houve aumento de 9,5% em maio e de 9,9% no acumulado de 2015. Mesmo com maior crescimento, as exclusões estão abaixo das inclusões. Mais precisamente quase 21 mil novos débitos.

Depois de um aumento de 45% em 2013 (em relação ao ano anterior), e outros 25% em 2014, o aumento de 6,6% da inadimplência no acumulado de janeiro a maio deste ano significa que há desaceleração da tendência altista em Araraquara. Em verdade, ainda se cresce, mesmo que a menor ritmo.

Segundo Jaime Vasconcellos, economista do Núcleo de Sincomercio ‐ Araraquara, o primeiro semestre é um período de mais dificuldades no orçamento das famílias. “Sabe-se que o início do ano é aquele período mais difícil ao orçamento familiar, devido à readequação das contas familiares, após IPTU, IPVA, matriculas escolares, pagamento de viagens e compras do fim do ano (e período de férias) e novas aquisições, como um todo”, afirma o economista.

Para Vasconcellos, o cenário mais apertado ao orçamento familiar, como o descrito acima, está aliado a uma pressão dos preços e ao aumento dos juros ao consumidor. “Temos atualmente uma taxa de doze meses do IPCA de quase 9% e uma taxa Selic que deve encerrar 2015 em 14% ao ano. Ao mesmo tempo, há um movimento dos estabelecimentos em incluir mais débitos no SCPC antes do Dia das Mães (2° melhor data para o comércio), onde os consumidores estão mais propensos a gastar. O aperto às contas do consumidor, o cenário econômico desfavorável e o resguardo do empresário aos prejuízos causados pela desaceleração do consumo e inadimplência, são importantes variáveis responsáveis pela continuidade do crescimento de débitos não quitados”, completa.

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