No final de maio deste ano, João Batista era anunciado como novo técnico das Guerreiras Grenás. Apesar da forte relação com a Ferroviária, time que defendeu como jogador na década de 1990, e do extenso currículo como treinador de importantes clubes brasileiros, o técnico encarava um desafio em sua carreira: comandar pela primeira vez um time de futebol feminino.
Três meses se passaram e o resultado, segundo ele, é positivo, marcado pelo aprendizado. “Cheguei quando a equipe passava por um momento difícil do ponto de vista emocional, tanto pela saída do Leonardo Mendes, que estava há muito tempo no comando, quanto pela desclassificação no Campeonato Brasileiro”, lembra João Batista. “Acredito que hoje estou bem adaptado com a equipe. Aprendi muito com elas e só tenho que agradecer pela forma como me receberam. Me sinto mais preparado para lidar com todas as situações e creio que a tendência é melhorar cada dia mais”.
O futebol feminino no Brasil ainda é considerado amador. Vivendo o dia a dia da modalidade, João Batista acredita que esta é uma mudança necessária para seu crescimento no país, mas não a única. “Para o futuro do futebol feminino no Brasil, desejo que se torne profissional e que tenha o reconhecimento das instituições que dirigem o futebol, para que assim tenhamos a possibilidade de valorizar os campeonatos e trazer mais investimentos. Espero ver mais clubes grandes participando destes campeonatos, o que os tornaria mais competitivos e atraentes”, diz. “Também é importante que a sociedade olhe com outros olhos, sem preconceito nem discriminação, pois sabemos que é um fator que atrapalha muito”.