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Jogadora araraquarense fala sobre a experiência de jogar na Coreia do Sul

Bia Zaneratto lembrou dos jogos contra meninos que levaram ao início de sua carreira

Beatriz Zaneratto é uma das revelações da nova geração de jogadoras de futebol do Brasil. Com apenas 21 anos, é nome certo na Seleção Brasileira, assim como foi desde que tinha somente 13 anos. Hoje, jogando na Coreia do Sul, Bia contou casos pelo qual passou na Ásia e como foi o início da carreira em Araraquara.

Coréia do Sul

“No começo foi um pouco difícil. Estou lá há três anos e tenho contrato por mais dois anos. Foi uma situação bacana, é um país muito acolhedor, que eu não esperava como seria. Era tudo muito novo no começo. Mas o país me acolheu bem, as meninas do time mais ainda. Engraçado que o clube nunca tinha sido campeão, desde que cheguei lá fomos tricampeãs. Está sendo bem bacana e a gente vê o reconhecimento, já que todo ano acontece a renovação”, contou.

“Até hoje eu não consigo comer o que eles comem, porque é uma comida muito apimentada e não tenho esse costume. Até hoje levo arroz e feijão do Brasil. Tenho que levar todos os anos. Essa parte de carne e frango é mais tranquila porque lá eles têm também. Eu não levo tanto feijão. É mais quando estou desesperada para comer”, concluiu.

A primeira história aconteceu logo em sua chegada. Antes mesmo de assinar o contrato, perdeu um carro de presente por ordem de seu pai. “Essa história é chatinha porque adoro carros. Meu pai meio que impediu essa história. Quando fiz o contrato vinha um carro junto, mas meu pai não deixou porque eu não conhecia as leis de trânsito. Ele cortou esse barato, mas hoje eu vou por meio de metrô e táxi. Até hoje ele não me deixa dirigir”.

Início em Araraquara

Hoje uma jogadora de sucesso e uma realidade, há oito anos Bia Zaneratto ainda se metia no meio dos meninos para fazer o que sempre gostou. Apesar de ter sofrido um pouco de preconceito, ela lembra que se não fosse por eles jamais teria se tornado atleta da Seleção Brasileira. “Eu sempre gostei muito de futebol desde pequena. Já nasci com isso. Com sete anos já jogava campeonatos na escolinha de Araraquara. Jogava no meio dos meninos. Com 13 anos fui para a Ferroviária e com 13 anos já estava na Seleção sub-17. Todos os anos continuei no sub-17, sub-20, joguei Mundiais. Meu objetivo agora é conquistar a Olímpiada”.

“Falar que não existiu (preconceito) é mentira, mas acho que passei por uma fase mais tranquila do que as meninas mais antigas. Às vezes os meninos reclamavam: “Ah, vai jogar menina”, mas foi uma coisa bem tranquila, relevante até. Com 13 anos ficou difícil acompanhar o ritmo dos meninos, mas novinha eu até conseguia me sobressair um pouquinho. Era engraçado. Foi bem bacana. No início os meninos ajudaram bastante porque eu não tinha como jogar com meninas, então o fato de eu ter eles para jogar foi o que me levou para a Seleção hoje”, disse.

 

Redação

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