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Laudo comprova mortes por inalação de cloro

Mãe e filha tiveram a casa invadida após rompimento de reservatório do Daae na Vila Xavier

 

Em novembro de 2015, um reservatório do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) de Araraquara se rompeu e 1,5 milhão de litros de água escorreu pela rua e invadiu residências vizinhas.  Na ocasião, a aposentada Maria Silva do Amaral, 81 anos, e a filha Sônia Maria do Amaral, de 49 anos, morreram após ter a casa invadida pela água e pelo cloro de um reservatório atingido pelo rompimento (relembre o caso).

A suspeita inicial, de que mãe e filha tinham sido vítimas de intoxicação provocada pela inalação do produto químico, foi confirmada na última sexta-feira (12), seis meses após o acidente. A informação é do motorista Marcelo Aparecido do Amaral, 45 anos, filho e irmão das vítimas.

“Na última sexta-feira nós pegamos o laudo que comprovam que minha mãe e minha irmã morreram devido ao cloro”, declara Amaral.

O motorista afirma que a família entrará com uma ação de indenização contra o departamento. “ Foi montada uma Comissão na Câmara e os senhores vereadores estão inocentando o Daae, dizendo que o departamento não tem culpa. Vamos mover uma ação para que o Daae não passe impune. Não vou ter a vida delas de volta, mas quero justiça”, desabafa.

O familiar fez referência à Comissão Especial de Inquérito (CEI), encerrada pela Câmara Municipal de Araraquara, cujo relatório final, aprovado por três dos cinco membros da comissão, não atribui responsabilidade direto do departamento pelo rompimento do reservatório, que operava com capacidade controlada  para evitar acidentes.

O caso está sendo analisado pelo Ministério Público. 

 

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