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Leveza e poesia no espetáculo de rua “A Condessa e o Bandoleiro”

Com o patrocínio da Lupo, através do PROAC – Programa de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo, Araraquara recebe apresentações gratuitas do espetáculo de teatro “A Condessa e o Bandoleiro”, esta semana: sábado (25 de julho), às 16 horas, no Palacete das Rosas (sede da Secretaria de Cultura); e no domingo (26 de julho), às 15 horas, no Assentamento Bela Vista. As apresentações tem o apoio da Secretaria municipal da Cultura e Fundart.

Uma condessa entediada com a nobreza sonha com uma vida de aventuras. Um temido bandoleiro vive todo e cada dia no limite do perigo. As histórias tão diferentes destes dois personagens acabam se cruzando de uma maneira lúdica e bastante brasileira no espetáculo de rua “A Condessa e o Bandoleiro”.

Voltado para o público de todas as idades, o espetáculo preza pela acessibilidade e democratização de sua mensagem, unindo elementos do teatro de clown e das danças e musicalidades da cultura brasileira nordestina para contar sua história.

O espetáculo estreou em maio de 2014, em SP e já realizou apresentações em diversos Parques da capital e circulou por várias cidades do interior do Estado, sendo visto mais de 7mil pessoas.

O espetáculo é livre para todos os públicos e após as apresentações haverá um espaço aberto para bate papo com a plateia.

 

Para toda família 

Na peça, a condessa entediada, seu acompanhante, o barão, e sua ama decidem sair da vida tediosa da riqueza e atravessar a floresta em direção a um baile. No caminho, são obrigados a pernoitar em uma taberna, onde se encontrarão com o temido bandoleiro Zé Facada, que os colocará diante de um novo mundo que mudará suas visões de si mesmos e dos outros.

Com composições originais executadas ao vivo pelos atores (e com o apoio de preparação de Dani Zulu, do grupo Barbatuques), a música tem papel fundamental para a construção da narrativa. “É, de fato, um espetáculo amarrado pelas canções e pela sonoridade”, afirma Dr. Morris, responsável pela trilha sonora. “São cerca de oito músicas, com referências de ritmos brasileiros como maracatu, frevo, xaxado e congada que buscam colocar o foco na canção como um elemento teatral”.

Segundo Angelo Brandini, dramaturgo responsável pelo texto, “a intenção é sempre a de levar os textos para um viés popular de uma maneira que as crianças possam se divertir e seus pais e avós também. É um espetáculo para toda a família, pois toca em coisas que estão guardadas dentro de todos nós, não importando a idade”. Um espetáculo, brinca Angelo, “para crianças de 5 a 105 anos”.

Assim, todos os elementos que compõem o espetáculo, do cenário, aos figurinos e a música, foram criados em conjunto, reunindo as diversas forças criativas envolvidas na montagem e em “A Condessa e o Bandoleiro”, nem se fala em quarta parede. O público é parte integrante, seja pelas suas reações ou por suas intervenções e, segundo Eloísa, é justamente esse um dos prazeres de se apresentar no espaço público.

“Depois da experiência do Tribunal de Salomão, primeiro espetáculo de rua da Barracão Cultural, percebemos como o público se envolve e se enxerga facilmente no espetáculo: tem gente que chora, que ri, que se emociona, e essas reações é que nos interessam.”

Para o diretor Fernando Escrich, isso é parte fundamental do que é fazer teatro: “É um espetáculo que não dá pra classificar, é pra todo mundo. Isso porque o teatro é assim: não é infantil, nem adulto. É teatro. E a ideia de tornar ele popular e acessível tem a ver com um resgate da função social do ator.

Função social esta que é discutida diretamente na narrativa do espetáculo que “fala diretamente sobre assuntos que inevitavelmente estão próximos das pessoas: o diálogo e a harmonia entre diferentes classes sociais que acabam por se reconhecer umas nas outras, descobrir que na verdade não são tão diferentes”, acrescenta Fernando.

Com este espetáculo, a Barracão Cultural dá mais um passo em sua proposta de criar espetáculos com linguagens e temas acessíveis, democráticos e instigantes, seja na rua ou nos palcos, como os já bem-sucedidos “Facas nas Galinhas”, “O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias-Verdades Inteiras” e “A Mulher Que Ri”.

 

Sobre a Barracão Cultural

A Barracão Cultural é um núcleo de criação e produção que tem como proposta realizar projetos que priorizem a pesquisa de temas e de linguagem, que sejam acessíveis e atendam a diferentes públicos. Formado por alguns parceiros fixos e outros convidados a integrar cada trabalho, desenvolve há 13 anos um exercício permanente de criação e produção de espetáculos, que obtiveram excelente acolhida de crítica e público.  Faz parte do repertório da Barracão Cultural espetáculos para o público adulto, infanto-juvenil e também um espetáculo concebido para ruas e espaços abertos.

 

Serviço:

“A Condessa e o Bandoleiro” (teatro)

 

  • Datas, horários e locais:

– Sábado (25 de julho), às 16 horas, no Palacete das Rosas (sede da Secretaria de Cultura)

– Domingo (26 de julho), às 15 horas, no Assentamento Bela Vista

 

– Patrocínio da Lupo, através do PROAC – Programa de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo

 

Grátis

 

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