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Morre o radialista Nil Bueno, vítima da covid

Nil tinha 56 anos e comandou programas de sucesso nas rádios Cultura e Morada durante mais de três décadas

O radialista Nil Bueno morreu na manhã deste domingo (13), em Araraquara, por complicações provocadas pela covid-19.

Nascido em Bariri, Nivaldo Natal Bueno tinha 56 anos e muitas décadas de trabalho no rádio. Em Araraquara, ele estreou no final da década de 1980, na Morada do Sol, onde  comandou programas de sucesso em AM e FM. Nil Bueno também trabalhou na Rádio Cultura. 

Ele foi diagnosticado com covid no último dia 4 de junho. A doença não evoluiu nos primeiros dias, nas na sexta-feira, dia 12, ele começou a sentir cansaço mesmo com pequenos esforços e foi atendido na UPA da Vila. Ele permaneceu internado na UPA, com pedido de internação, mas não conseguiu vaga em nenhum hospital da região. O quadro se agravou e levou Nil Bueno a óbito.  

 

“Alegria, alegria” era marca de Nil Bueno

“Alegria, alegria, alegria geral meu povo!!!”. Esse era o bordão mais conhecido do radialista Nil Bueno que ecoou por mais de trinta anos nas ondas do rádio e alegrou o coração de milhares de ouvintes que, ao longo dos anos, se transformaram em amigos. Sim, Nil Bueno era um grande amigo, de sorriso fácil e alegria transbordante.

Ao longo da carreira, foi também um propagador da cultura sertaneja. De gosto sensível e apurado, defendeu a música raiz e suas novas vertentes em todas os programas que comandou – das madrugadas aos finais de tarde. Por causa disso, Nil se aproximou de artistas, cantores e duplas locais, organizou e apresentou festivais, dando espaço e defendendo as tradições do estilo. 

Ligado à comunidade local, criava canais para mostrar o comércio local. Fazia dos seus programas uma vitrine de lojas e estabelecimentos. Ele fez do seu ofício um espaço de prestação de serviços.

Neste domingo, dia 13 de junho, o rádio araraquarense perdeu uma de suas vozes mais carismáticas. Simbolicamente, perdemos a “voz da alegria” num país que é só tristeza com quinhentas mil vidas levadas pelo vírus.

Luís

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