O empresário Adilson Garcia de Freitas, 47 anos, acusado de atropelar e matar um casal em uma motocicleta, na Rodovia Washington Luís, manteve em depoimento na Polícia Civil, de São Carlos, a versão que deu horas antes em entrevista ao Portal Morada na tarde desta segunda-feira, dia 8. Ele se apresentou com advogado e segue sendo ouvido neste momento, às 18h30, na delegacia.
O homem, que conduzia o veículo GM/Cobalt, de cor preta, com placas de Boa Esperança do Sul, disse que a motocicleta Kawasaki, verde, saiu do acostamento para a pista sem ligar a seta, sendo que não teria havido possiblidade de evitar a colisão na traseira.
Os jovens Wellington Carvalho da Silva, de 24 anos, e Janaína de Fátima Vitor, de 22 anos, morreram em razão do atropelamento, que ocorreu no final da noite de sábado, dia 6. Freitas não parou no local do acidente e nem acionou o socorro.
O empresário, que viajava para São Paulo, abandonou o carro metros depois e pegou uma carona para Araraquara, onde ficou em um posto de combustíveis até a chegada da sua mãe, que teria o levado para Boa Esperança, segundo depoimento ao delegado Maurício Antônio Dotta e Silva.
“Temos apenas a versão dele. As pessoas, do outro lado, morreram. A versão dele vai ser confrontada com o que a perícia colheu no local, ponto por ponto. Para depois sabermos como delinear esse tipo de homicídio. Agora, não prestar socorro, fugir do local são coisas que agravam a situação dele”, disse o delegado em entrevista ao site comandovp190.com.br.
O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção) com dois agravantes – fuga do local de acidente e omissão de socorro. O empresário vai responder pelo crime, inicialmente, em liberdade.
Segundo o delegado, que disse não estar convencido com o depoimento, o acusado já teve problemas com a polícia por furto e contrabando.
