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Museu do Futebol de Araraquara recebe a bola do acesso da Ferroviária

Torcedor Henry Facchini doou o acessório, que estará no rol dos principais itens do espaço

Após a conquista do acesso à principal divisão do futebol estadual pela Ferroviária, o Museu do Futebol e Esportes de Araraquara recebeu a visita de Henry Facchini, de 37 anos, torcedor fanático da Locomotiva. O afeano marcou presença no jogo que culminou com a volta da Ferroviária à Primeira Divisão, após 19 anos. Em Guaratinguetá, após vitória por 1 a 0 sobre os donos da casa, Facchini vibrou com o acesso, fazendo a festa junto com a torcida grená presente no estádio.

O que Henry não imaginava, é que além de soltar o grito que estava entalado na garganta e ficar extasiado com o acontecimento, é que ele ficaria com a bola do acesso, chutada para a arquibancada ao término do duelo. “Eu observei o Fio desferindo um forte chute na pelota, acompanhando sua trajetória. Ocorre que ela caiu perto de uma mulher e seu filho. Minha vontade era sair como um louco atrás do ‘troféu’, porque é assim que eu encaro qualquer acessório que tenha ligação com o retorno à elite. Acabei retrocedendo. Quando percebi que eles iram devolver a bola para o gandula, entrei em ação, gritando para que me entregassem, pois eu faria a entrega”, relatou Facchini, que desde o retorno de Guará, em entrevistas e conversas com os amigos, afirmava que iria doar a bola para o museu, a fim de que ela fosse preservada e mantida em exposição para as futuras gerações de torcedores.

Superando os obstáculos

Em sua passagem pelo museu, inquirido sobre a forma com a qual permaneceu com a bola, o torcedor relatou que os gandulas pediram de volta, e que os policiais também ficaram acompanhando o passo a passo de Henry. “Sabemos, que de praxe sempre devolvem. De posse dela, pensei no significado que seria trazê-la na bagagem para Araraquara. Fiquei enrolando, enquanto uma amiga colocava a bola em sua mochila”, explica.

Também indagado sobre a fiscalização na saída da cancha, ele contou que o clima de festa também ajudou a bola sair do estádio na bagagem afeana. “Findada a partida, os atletas partiram para o alambrado e os festejos seguiram. Havia também a chateação do pessoal de Guaratinguetá por mais uma derrota. Na verdade as coisas acabaram dando certo, de modo que consegui deixar o estádio com a bola. No ônibus foi uma festa, pois todos queriam tirar fotos com a ‘gorduchinha’ que esteve rolando no gramado em que a AFE resgatou seu posto na Divisão Especial. Fiquei orgulhoso do feito”, afirmou.

Desprendimento

Imaginamos que todo afeano gostaria de ter na sala ou quarto de sua casa, numa redoma de vidro, a bola do acesso. No trato com o público do museu, os monitores ficam sabendo de camisas e demais itens importantes, que pelos mais diversos motivos vão parar nas mãos dos visitantes. Em sua maioria, eles explicam que podem doar para uma exposição rotativa, mas recuam quando falam numa possível cessão para o museu, no intuito de contemplar toda a coletividade grená.

Henry Facchini fugiu a regra e foi exceção, como já tinha acontecido com o afeano Daniel Pecin, que entregou a tarjeta do capitão Luan, que ele recebeu em mãos do próprio jogador, para apresentação no museu, e como havia antecipado, entregou a bola, que fará parte de uma amostra do museu, comemorativa ao acesso. “Eu só quis ficar com a bola por uns dias; coisa de torcedor. Mostrei para meus parentes e amigos, mas acho que chegou a hora de presentear toda a massa grená, que poderá ter acesso a um acessório importante. Penso daqui a 30 anos, quando os torcedores entrarem no museu, deparando-se com a bola do acesso. Fiquei tentado em tê-la comigo, e isso aconteceria com qualquer afeano de verdade, mas sei que ela está em boas mãos e será preservada”, afirmou. 

Por hora, a bola ainda não está exposta no Museu do Futebol, pois o objetivo é ter assinatura dos atletas na pelota. É necessário também conseguir um local seguro para deixá-la, onde o item não venha a ser deteriorado. Em breve ela estará à disposição dos frequentadores.

Museu do Futebol tem itens do Tricampeonato da 2ª Divisão

Sempre que um aficionado da Ferroviária visitar o museu, ele poderá ver a bola do acesso à Primeira Divisão de 2015. Vale frisar que os frequentadores do espaço também revisitam o passado, ficam deslumbrados com a camisa de Helcias Pirola, do acesso à Primeira Divisão em 1955, doada pela família do ex-afeano, bem como a bandeira da volta à elite de 1966, autografado por todos os jogadores e membros da comissão técnica campeã, presente esse, concedido pelo afeano Oswaldo Nogueira Filho. 

 

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