O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) tem como característica principal as obsessões e/ou as compulsões. As obsessões se caracterizam por pensamentos ou imagens intrusivas que vêm à cabeça de forma independente e, embora a pessoa que sofre saiba que não fazem sentido, não consegue evitá-los, passando a sofrer constantemente com isso, enquanto as compulsões se caracterizam por rituais repetitivos com padrões extremamente rígidos em que a pessoa se sente obrigada a realizar a fim de sentir-se mais aliviada.
As obsessões e as compulsões podem acontecer juntas ou separadamente, quando a pessoa a fim de neutralizar os pensamentos ruins que a assaltam acaba por realizar rituais repetitivos, mesmo ciente da falta de sentido desses.
A realização desses rituais tem como objetivo diminuir a ansiedade que se manifesta perante os pensamentos obsessivos, assim, a pessoa se encontra num círculo vicioso de manifestações inconscientes que trazem um grande prejuízo para seu dia a dia como também um grande esgotamento mental.
Compulsões frequentes como lavar as mãos, verificar portas e janelas ou executar uma série de atos pré-programados mentalmente a fim de evitar algum mal que a pessoa imagina ou fantasia são alguns exemplos do transtorno obsessivo compulsivo.
Esse transtorno pode manifestar-se em adultos e crianças e tende a piorar quando a pessoa passa por momentos estressantes ou traumáticos, de maior preocupação ou ansiedade. Assim, as compulsões e obsessões se apresentam de modo oscilante e podem estar relacionadas à outros transtornos como depressão, transtorno da ansiedade generalizadas, crises de pânico, entre outros.
O tratamento para o transtorno obsessivo compulsivo se da através de psicoterapia, onde a pessoa tende a reconhecer seus medos e aflições inconscientes e então conseguir controlar sua ansiedade a fim de diminuir as obsessões e as compulsões e seu agravamento.
O tratamento psiquiátrico com medicamentos também se faz necessário em alguns casos, onde o prejuízo psico e social é grande, levando a pessoa a grandes crises de ansiedade e até mesmo ao isolamento.
Se não cuidado, o transtorno obsessivo compulsivo pode tornar-se crônico e vir a ocupar a maior parte do tempo, tornando-se um fardo cada vez maior, afetando a rotina e a vida mental e social de quem sofre.
Esse transtorno, porém, não deve ser confundido com manias que não geram prejuízos a quem as executa e nem deve ser encarado como algo passageiro.
É preciso que a pessoa que sofre procure e tenha ajuda, pois a melhora dos sintomas é percebida de forma substancial no modo da pessoa sentir e viver a vida.