Em dezembro do ano passado, o Jornal da Morada, da Rádio Morada do Sol AM/FM, denunciou a situação enfrentada pelos moradores do Santa Angelina, em Araraquara, com a unidade de Semiliberdade da Fundação Casa. Segundo a denúncia, os menores que frequentam as atividades da fundação também ameaçavam os moradores e provocavam intranquilidade no bairro. Muitos furtos e roubos eram registrados naquela região da cidade e, ainda de acordo com moradores, muitos menores consumiam drogas nas ruas vizinhas.
Na última sexta-feira (4), uma reunião no sexto andar da Prefeitura de Araraquara começou a delinear a transferência da unidade, antiga reivindicação dos moradores do Santa Angelina.
Lideranças políticas e diretores da Fundação Casa debateram a possibilidade de transferência de local da Casa de Semiliberdade.
Participaram da reunião o deputado estadual Roberto Massafera, o diretor regional da Fundação Casa, Márcio Eduardo de Paula, o diretor da Casa de Semiliberdade, Benjamim Campos, e os secretários municipais José Carlos Porsani (Assistência e Desenvolvimento Social) e Aluisio Braz, Boi (Governo).
Segundo o prefeito Marcelo Barbieri, o deputado Roberto Massafera tentará encontrar na região central da cidade um novo endereço para abrigar os menores em situação de semiliberdade em Araraquara.
Essa alternativa, segundo Benjamin Campos, seria a melhor para a cidade, já que normalmente a área central é composta basicamente pelo comércio, ao contrário das demais regiões em que se concentram as áreas residenciais. Existe um documento com 217 assinaturas de moradores vizinhos da instituição entregue ao secretário de Assistência Social, José Carlos Porsani, pedindo a transferência de local.
Órgão ligado à Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania, a Casa de Semiliberdade de Araraquara abriga também menores de outros municípios da região, como São Carlos, Matão, Taquaritinga, Itápolis e Ibitinga.
Relembre a denúncia:
Programas
Em todo o Estado de São Paulo a Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) presta assistência a cerca de 20 mil adolescentes, inseridos em programas socioeducativos específicos – internação, semiliberdade e liberdade assistida.
O objetivo da Fundação é aplicar as diretrizes e as normas dispostas no Estatuto da Criança e do Adolescente, promovendo estudos e planejando soluções direcionadas ao atendimento de adolescentes na faixa de 12 a 18 anos, autores de ato infracional.
