Por Chico Lourenço e Marcelo Bonholi
Uma manifestação a favor do setor de bares e restaurantes reuniu dezenas de pessoas na tarde desta segunda-feira, dia 25, no centro da cidade de Araraquara.
O movimento concentrou funcionários e proprietários desses estabelecimentos e também pessoas ligadas a outros segmentos do setor comercial na frente da Prefeitura, às 15h. Em seguida, o protesto contra as restrições mais rígidas do decreto que entrou vigor nesta segunda (25), seguiu para a escadaria do prédio da Câmara Municipal (veja vídeo abaixo).
O novo decreto editado pela Prefeitura de Araraquara segue o Plano São Paulo de flexibilização e classifica todo o comércio na Fase Vermelha após às 20h, de segunda à sexta-feira, e durante o final de semana.
O protesto foi organizado pelas mídias digitais. No banner de divulgação da manifestação os envolvidos no movimento afirmam que compreendem a necessidade de medidas contra a Covid-19, mas que é preciso proteger também empregos de milhares de trabalhadores. “Seguimos rigorosamente os protocolos de segurança para proteger não só a saúde de nossos clientes e funcionários, mas também os empregos de milhares de trabalhadores que dependem direta e indiretamente do funcionamento de bares e restaurantes da cidade”, dizia a mensagem.
Os manifestantes usaram cartazes com frases como “meu emprego é essencial” e “menu de hoje; culpar bares e restaurantes, acompanhados de festas clandestinas e desemprego” para expressar a indignação com as restrições mais rígidas. "Há meses estamos respeitando a tudo e a todos. Merecemos falir?", questionava um dos cartazes. Os manifestantes usaram ainda apitos e bateram panelas na porta do Paço Municipal. Eles não foram recebidos na Prefeitura para debater a pauta de reivindicações. Segundo informações, uma comissão representando os comerciantes de bares e restaurantes deve ser recebida amanhã, às 9h, pelo prefeito Edinho Silva (PT), na Prefeitura.
Prefeitura
Por meio de Nota, a Prefeitura de Araraquara disse que respeita as manifestações de setores sociais contra o Plano São Paulo de Enfrentamento à Covid-19 e se solidariza com as famílias que sofrem com o desemprego. E destacou que todas as demandas de segurança alimentar que chegaram até a Prefeitura foram atendidas.
“Quanto aos atos públicos que ocorreram tendo como alvo a Prefeitura, todas as lideranças – partidárias ou sindicais – sabem que as novas regras do Plano São Paulo advêm de um decreto estadual, portanto, não cabe ao Município nenhuma alteração.”
