O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) apontou, no relatório de fiscalização, uma série de falhas graves na Prefeitura de Araraquara no exercício de 2024. Entre os principais problemas, estão déficits orçamentário e financeiro, falta de transparência e erros na contabilidade oficial. O TCE identificou que a Prefeitura terminou o exercício com déficit de mais de R$ 49 milhões no orçamento e um rombo financeiro que passa de R$ 229 milhões, o equivalente a 51 dias de arrecadação do município.
O Tribunal também destacou que o município não tinha liquidez para honrar compromissos de curto prazo e que houve omissão de passivos, prejudicando a clareza das contas públicas.
Outro ponto crítico é o não pagamento integral dos precatórios, com parte da dívida empurrada para os próximos anos. Também houve falhas no controle de requisitórios, atrasos no recolhimento de encargos como o PASEP, e problemas graves na administração indireta — incluindo a FUNGOTA, que apresenta situação financeira crítica e patrimônio líquido negativo.
O TCE ainda apontou alertas ignorados pela Prefeitura sobre riscos fiscais, obras paralisadas sem justificativa atualizada, falhas no licenciamento ambiental, pagamento irregular de benefícios, excesso de horas extras e problemas na ordem cronológica de pagamentos.




Guerra de versões
No início de janeiro deste ano, primeiros dias da nova gestão, Araraquara acompanhou uma verdadeira ‘guerra de versões’ sobre a saúde financeira da Prefeitura de Araraquara. Enquanto a equipe de Finanças do prefeito Dr. Lapena (PL) apontava uma dívida de curto prazo de R$ 240 milhões, o ex-prefeito Edinho Silva (PT) não reconhecia o déficit, pelo contrário, sustentava ter deixado a Administração Pública com superávit de R$ 17 milhões.
Veja abaixo, vídeo publicado por Edinho Silva, abordando o tema, no início de 2025.
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