Desde a última quinta-feira (1), quando a Câmara Municipal de Araraquara aprovou, em sessão extraordinária, o reajuste de 22% nos salários dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, as manifestações contrárias à decisão ganharam as ruas, as redes sociais e os gabinetes do Legislativo.
A pressão popular ganhou destaque no jornalismo da Rádio Morada do Sol. O assunto entrou na pauta e reacendeu o debate. Os críticos ao reajuste, que elevou os salários dos vereadores dos atuais R$ 6.500,00 para R$ 8.000,00, argumentam que a Prefeitura vive uma crise financeira sem precedentes que sacrifica os serviços públicos e provocou, por exemplo, perdas salariais ao funcionalismo municipal. Nesse cenário, elevar os salários do Poder Executivo e Legislativo é o mesmo que privilegiar a classe política.
Pelas redes sociais, uma campanha de arrecadação foi iniciada para custear a produção e distribuição de panfletos com os nomes dos vereadores que votaram a favor do aumento (veja foto abaixo).
Na sessão que definiu o reajuste, o placar foi de 9 votos favoráveis e 6 contrários. Menos de uma semana depois, os ânimos parecem ter mudado. Pelo menos dois vereadores que votaram pelo reajuste admitem o equívoco da votação e devem propor a revogação da decisão.
Rodrigo Buchechinha (SDD) e Geani Trevisóli (DEM) confirmaram o interesse em discutir a revogação. Com isso, o placar de 9 votos favoráveis ao reajuste contra 6 contrários pode se inverter. Donizete Simioni (PT), que não participou da votação na semana passada, já sinalizou ser favorável ao congelamento dos subsídios.
O tema deve ser discutido já na sessão desta terça-feira, 6 de setembro.