Denúncia feita pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e região (SISMAR) aponta que quatro viaturas utilizadas pela Guarda Civil Municipal de Araraquara no patrulhamento diário não poderiam estar em circulação. Todas, sem exceção, seriam multadas e recolhidas para o pátio caso fossem fiscalizadas pelos Agentes de Trânsito da Prefeitura ou pelos próprios Guardas, que também tem atribuição de autuar infrações de trânsito.
Carros com problemas no estepe, com documentação vencida, ou sem placa há mais de um ano e vários problemas mecânicos críticos, como na barra de direção, eixos e rodas, são usados para fazer a segurança pública da cidade. De acordo com os GCMs, as solicitações de conserto são feitas regularmente, mas têm sido negadas.
As condições precárias das viaturas, além de configurarem infrações de trânsito gravíssimas (sujeitas a multas, perda de pontos na carteira de habilitação e apreensão do veículo), colocam em risco os servidores e prejudicam a eficiência do trabalho da Guarda Municipal. Em caso de acidente ou de fiscalização, quem recebe a multa e os pontos na carteira de habilitação é o GCM que estiver ao volante.
Os servidores prometem se organizar e cobrar da secretaria soluções definitivas para os problemas apontados.
Coordenador confirma denúncia
Marcos Roberto da Silva, coordenador da Guarda Civil de Araraquara, confirma que a corporação faz uso de um veículo sem placa. Segundo ele, a GCM aguarda desde o final do ano passado, quando os novos veículos foram recebidos pela equipe, a documentação do carro. “Nós recebemos novos veículos no final de 2014, mas os documentos desse carro extraviou. Desde então, a secretaria da Segurança Pública se empenha para regularizar a situação. Mesmo assim, para que o serviço não fosse comprometido, optamos por utilizar o veículo, compreendendo que o bem maior é servir a população”, explica Silva.
O comandante da GCM espera que a situação seja regularizada nos próximos dias. Quanto os problemas de manutenção das demais viaturas, ele afirma que os reparos já foram solicitados. “Os veículos são muito utilizados e isso exige manutenções constantes. Aguardávamos a liberação de recursos para a compra de mais viaturas, mas o Governo Federal não efetuou o repasse de cerca de R$ 800 mil. Por isso, temos alguns carros que necessitam de reparos, mas espero que isso também seja regularizado nas próximos semanas”, reconhece.