Elen ainda era adolescente quando engravidou. Vivia uma vida simples: tinha namorado e morava com a mãe, sua grande amiga.
O namorado tornou-se marido, a gestação seguiu, mas Elen tinha hipertensão. A pequena Thaylla nasceu no oitavo mês e ficou por sete dias na UTI neonatal.
Quando a bebê tinha seis meses, adoeceu. O diagnóstico de meningite bacteriana fez a mãe de primeira viagem perder o chão.
Após 30 dias na UTI, os médicos não acreditavam que a bebê pudesse se recuperar, mas ela reagiu. Ficou com sequelas. Elen vivia o momento mais difícil de sua vida, mas agradecia a Deus pela recuperação da filha. A todo momento, tinha sua mãe, experiente e forte, ao seu lado.
Elen teve que aprender a cuidar de Thaylla: ela se alimentava por sonda, não reconhecia ninguém. A jovem mãe se viu diante de uma filha com paralisia cerebral.
No ano seguinte, a mãe de Elen morreu. Como viveria sem a mãe, sua maior companheira?
Não havia tempo para pensar. Elen reuniu todas as forças que tinha, pois Thaylla dependia dela para tudo. "Preciso ser forte", ela repetia.
O tempo passou, Elen e seu marido aprenderam a cuidar da bebê, mais filhos vieram. A família se fortaleceu. O vazio deixado pela morte da mãe virou saudade: "Nossa vida era muito simples, e aprendi com ela a valorizar tudo o que conquistei".
Hoje Thaylla tem 14 anos. E diante de todas as dificuldades de uma paralisia, está sempre sorrindo. Seus irmãos ajudam a cuidar dela.
"Meus filhos são minha vida. A Thaylla é um ser divino, passa por coisas que muita gente nem imagina. Minha força vem dela. Ela me fez ser mãe", diz Elen, hoje com 28 anos.
Elen ainda conheceu outras mulheres, que também tem filhos com paralisia cerebral. Todas são mães e guerreiras.
De segunda a sexta, uma história por dia na programação da Rádio Cultura durante o mês das mães. Saiba mais sobre a história da Elen no nosso programete especial: https://bit.ly/2S1clZE
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