O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, se encontrou com os pesquisadores João Batista Calixto, do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), e Eliezer Barreiro, do Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lassbio/UFRJ), para tratar do andamento das pesquisas com a fosfoetanolamina. Durante o encontro foram apresentados os resultados dos primeiros testes com a molécula, conduzidos pelo Lassbio. Também participou da reunião o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento da Pasta, Jailson de Andrade.
Os especialistas do Lassbio fizeram testes com a substância cedida pela Universidade de São Paulo (USP), além de seguir os passos de desenvolvimento da fosfoetanolamina com base na patente depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e de sintetizar a substância pura. Nos próximos dias serão divulgados os resultados consolidados desta primeira parte da pesquisa.
Com esses elementos, em breve se inicia a fase de testes clínicos em células cancerígenas e em animais, a ser conduzida pelo CIEnP e pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC). Esta etapa servirá para avaliar uma possível toxicidade da fosfoetanolamina para o uso humano.
“Vamos trabalhar com a análise dessas substâncias pelo CIEnP e pelo NPDM e vamos trabalhar com a parte de análise de células, usando células humanas e também animais de laboratório. Isso está dentro da nossa expectativa, de no prazo mais curto possível ter a resposta de que tenhamos, ao menos, a segurança de que ela não é tóxica para o uso humano”, explicou o ministro Celso Pansera.
Lançamento
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou um site sobre os estudos realizados com a fosfoetanolamina (FOS) para determinar a segurança e a eficácia da substância no tratamento do câncer. Pelo site é possível acompanhar as etapas das pesquisas desenvolvidas pelos institutos credenciados para conduzir os estudos, além dos relatórios do Grupo de Trabalho (GT) instituído pelo Ministério da Saúde, no ano passado.
O GT foi criado a partir da ampla repercussão da distribuição da fosfoetanolamina para fins terapêuticos no tratamento do câncer pelo Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC/USP). Além do Ministério da Saúde, participam do Grupo de Trabalho representantes do MCTI, Instituto Nacional do Câncer (Inca), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pesquisadores responsáveis pelo pedido de patente da FOS no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).